ataque de Porto Rico é o maior perigo na estreia em Taipei

Postado por Suh quinta-feira, 19 de agosto de 2010 0 comentários

O fato de deter o título da última temporada e ser a maior vencedora do Grand Prix de vôlei feminino não engana a seleção brasileira. Para a estreia nos três últimos jogos da fase classificatória, em Taipei, contra Porto Rico, é preciso atenção. Por isso, o treinador José Roberto Guimarães alerta para o ponto forte das adversárias e ressalta que a inexperiência do time portorriquenho (é apenas a segunda participação do país na competição) ainda não deve ser levada em conta nesta etapa.

- Porto Rico é um adversário sempre perigoso, que tem no ataque o seu ponto forte. A base da equipe é a mesma do ano passado. O time conta com duas boas jogadoras: a ponteira Aurea Cruz e a central Ocasio. A experiência, ela pesa em momentos decisivos, não serve como diferencial nesta primeira fase - comentou o técnico.

O Brasil estreia no Grand Prix nesta sexta-feira, às 4h30m (de Brasília). O segundo jogo será contra as donas da casa - às 5h30m de sábado nossas meninas enfrentam Taiwan. Já no domingo é a vez de encarar a Polônia, às 3h30m. O SporTV transmite todas as partidas, e a TV Globo, a última.

Tentando encontrar a melhor formação da equipe, Zé Roberto afirmou que continuará promovendo mudanças. De acordo com o treinador, a maior preocupação é fazer com que haja um equilíbrio entre as jogadoras, estando todas em uma mesma condição.

- Para a fase final, o grupo será muito importante. Serão cinco jogos em cinco dias. Precisaremos fazer substituições e a jogadora que entrar não pode deixar o nível cair. Por isso, vamos continuar alterando a equipe e dando oportunidades para todas - explicou o técnico, que vem promovendo um revezamento entre as ponteiras Mari, Jaqueline e Paula, e na última partida, contra a China, começou com a levantadora Fabíola no lugar de Dani Lins.

A última etapa do Grand Prix está marcada para a próxima semana, entre os dias 25 e 29 de agosto, em Ningbo, na China. Os cinco melhores times da primeira fase mais a equipe chinesa (por ser sede das finais) garantem vaga.


Uma Libertadores em portunhol, uma conquista com parrillada e churrasco, um título brasileiro com alma sul-americana. O Inter mais estrangeiro de todos os tempos alcançou seu objetivo. A façanha desta quarta-feira com a vitória por 3 a 2 sobre o Chivas respaldou a decisão colorada de apostar em jogadores de fora do país. O elenco vermelho teve cinco gringos: três argentinos e dois uruguaios. Guiñazu, D’Alessandro, Abbondanzieri, Sorondo e Bruno Silva contribuíram decisivamente para tornar o Inter bicampeão da América.

A presença deles não foi por acaso. A diretoria percebeu que ter atletas acostumados às andanças pela América do Sul poderia ser decisivo. Até as quartas de final, o projeto foi encabeçado pelo técnico Jorge Fossati, mais um uruguaio.

O valor da aposta nos estrangeiros teve um momento emblemático quando Pato Abbondanzieri, em Quito, convenceu a arbitragem a cancelar um pênalti absurdo a favor do Deportivo. Enquanto todo o time do Inter ameaçava de morte o árbitro, o goleiro três vezes campeão da Libertadores foi na direção do auxiliar e o convenceu a avisar o juiz que a marcação tinha sido um erro. E conseguiu. O pênalti, mesmo na casa do adversário, foi anulado.

Abbondanzieri não foi titular absoluto do Inter. Primeiro, desbancou Lauro. Depois, foi desbancado por Renan. No fim, teve participação mais discreta do que seus dois conterrâneos. Guiñazu, adorado pela torcida, foi o capitão do time até as semifinais, quando a braçadeira, com a chegada de Celso Roth, passou para o braço de Bolívar. D’Alessandro não chegou a ter atuações excepcionais como na Sul-Americana de 2008, mas manteve sempre uma média alta. Foi fundamental.

O curioso é que coube a Sorondo, uruguaio, reserva, o único gol estrangeiro do Inter na Libertadores. E que gol... Ele garantiu, em cabeceio, a vitória do Colorado sobre o Estudiantes no primeiro jogo das quartas de final, no Beira-Rio. Foi por causa desse lance que o time gaúcho conseguiu se classificar mesmo com derrota de 2 a 1 na Argentina. O zagueiro, porém, teve pouco brilho no torneio. Foi quase sempre reserva. Na reta final, passou a sequer ser relacionado.

O lateral-direito Bruno Silva começou o ano disputando vaga com Nei. E não conseguiu superá-lo. Nos tempos de Jorge Fossati, até teve chances. Com Celso Roth, perdeu muito espaço. Mesmo assim, pode dizer que é campeão da América aos amigos colorados da fronteira entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai.

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