Ana Claudia Lemos se firma no atletismo nacional

Postado por Suh quinta-feira, 16 de setembro de 2010 0 comentários

Ao contrário do que possam aparentar, os pés tamanho 33,5 são rápidos. Ana Claudia Lemos se acostumou a correr desde cedo, sempre com sapatilhas pequenas. Cearense de Jaguaretema, ela se mudou ainda criança para Criciúma, em Santa Catarina. Depois de participar de alguns campeonatos pela sua escola, foi descoberta aos 13 anos em uma competição no Paraná. Hoje, aos 21, surge como principal nome das provas de velocidade do atletismo feminino brasileiro.

Ana Claudia, embora nova, não é uma iniciante. Em 2008, era reserva da equipe brasileira que foi aos Jogos de Pequim. No ano passado, disputou o seu primeiro Mundial, em Berlim. Agora, em 2010, chegou à sua melhor fase, derrubando o recorde sul-americano dos 100m, com o tempo de 11s15, ao superar a marca de Lucimar Moura, que já durava desde 1999, durante o Estadual.

O objetivo, no entanto, era tentar superar o tempo somente no Troféu Brasil. O recorde veio antes, mas ela, que passou com facilidade pela eliminatória da competição, nesta quarta, acredita que pode voltar a fazer melhor.

- Meu objetivo esse ano era fazer a minha melhor marca, não o recorde sul-americano. Meu melhor era 11s46. Se eu fizesse 11s45, já estava satisfeita. Mas tudo veio muito rápido. A intenção era melhorar a marca somente no Troféu Brasil. Quero fazer o meu melhor e conseguir o máximo para a equipe. Posso conseguir de novo. É só manter a tranquilidade e fazer o que eu tenho o que fazer – disse a velocista, que também correrá a prova de 200m, sua preferida, e o revezamento 4x100m.
Dona de uma voz firme e personalidade forte, Ana Claudia também chama atenção pela beleza. Com 1,58m, 55,5kg e duas tatuagens, ela assume que o cuidado com o corpo e com a aparência é parte fundamental da sua vida de atleta.

- Eu não me sinto musa. Estou aqui para correr, para treinar. Mas eu me cuido. Ainda mais quando a gente vai para competições lá fora e vê todas aquelas atletas que parecem homens. Então, sempre gosto de usar brinco, maquiagem... É para ficar bem feminina mesmo - disse a velocista, que completou um ano e meio de namoro com o também atleta Basílio de Moraes.
A boa temporada em 2010 também serve como volta por cima para Ana Claudia. No ano passado, quando ainda fazia parte da Rede Atletismo, ela se viu envolvida indiretamente no escândalo de doping que abalou o clube e o esporte. Acusada de ter feito a denúncia contra os atletas, ela teve sua qualidade questionada pelo técnico Jayme Netto, que foi suspenso logo depois que os casos vieram a público.

A atleta afirma que, embora não tenha se queimado no escândalo, foi difícil enfrentar as acusações. Logo depois da polêmica, ela procurou Katsuhico Nakaya, seu atual técnico, e foi para a BM&F. Pouco mais de um ano depois, Ana Claudia afirma que a escolha foi acertada.

- Quando eu comecei a treinar com o Jayme, ele me dizia que eu fazia umas marcas nos treinos, mas chegava nas competições e eu não conseguia render aquilo. Se eu não competir bem é porque eu errei em alguma coisa. E não era isso. Para mim, era um treino fraco. Em sempre exijo muito de mim. Lá (na Rede Atletismo), eu não conseguia render, engordei 5kg e não corria direito. Por isso, vim treinar com o Nakaia, que tinha um estilo mais parecido com o do meu primeiro técnico.

Nos treinos, Ana Claudia se cobra o tempo inteiro. Quando erra, pede a Nakaia para repetir. Para ela, essa é uma de suas principais qualidades.

-Eu sempre me cobro muito. Traço meus objetivos antes de cada ano. Sempre acho que posso fazer o meu melhor.

O foco, no entanto, é para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Embora prepare Ana Claudia para um bom papel em Londres-2012, Nakaia acredita que será na competição no Brasil que ela atingirá seu auge.

- A gente espera que, em 2012, ela já consiga correr abaixo dos 11s, o que a levaria à final olímpica, um feito inédito para o Brasil. Mas o ideal ela vai alcançar em 2016.

A semana seria maravilhosa ou ruim. As palavras foram de Washington, na véspera do jogo contra o Corinthians. A derrota por 2 a 1 no primeiro desafio deixou o Fluminense em débito. Mas nada como um clássico contra o Flamengo, o maior rival, para recuperar o moral do ainda líder do Brasileirão. Ou piorar. Depois de duas derrotas consecutivas, os questionamentos se multiplicam e a torcida ficou ressabiada.

Se no duelo de líderes contra o Corinthians o público pagante no Engenhão foi de 20 mil pessoas, há o temor de um desânimo ainda maior para o Fla-Flu de domingo. Os tricolores mostraram insatisfação com o rendimento da equipe e vaiaram Deco e Julio Cesar.

Boas notícias também não aguardam Muricy Ramalho. Diogo, Diguinho, Emerson e Fred estão no departamento médico e sequer iniciaram a reabilitação da parte física. Valencia recebeu o terceiro cartão amarelo e também está fora. Os poucos dias de trabalho até o confronto serão valiosos para a recuperação psicológica.

- Vamos arrumar o time de novo, dar moral aos jogadores, voltar a encontrar o caminho e buscar a vitória – descreveu o treinador do Flu.

Um dos poucos pontos positivos da fase recente (são duas vitórias em oito jogos) é o desempenho Washington. O atacante marcou nos últimos três jogos e assumiu a artilharia isolada do Brasileiro, com dez gols.

- Legal ter o Washington fazendo gols. Ficamos contentes por ele e por termos o artilheiro. Mas com certeza temos que achar o caminho para seguir rumo ao título. Paramos de ganhar pontos e nesse campeonato isso é complicado – afirmou Muricy Ramalho.


Um dos heróis do Corinthians na vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, quarta-feira, no Engenhão, o volante Jucilei acredita que o Timão está muito próximo do título do Campeonato Brasileiro. O jogador cobrou mais tranquilidade da equipe nas próximas partidas, principalmente agora que o Alvinegro igualou a pontuação dos cariocas.

- O título está praticamente nas nossas mãos. Tínhamos de ganhar de qualquer jeito. Não estávamos conseguindo bons resultados fora de casa, mas vencemos um adversário muito difícil – afirmou.

Com o triunfo no Rio de Janeiro, o Corinthians pulou para os mesmos 41 pontos do Fluminense, mas perdendo no saldo de gols (16 a 15). O clube paulista, porém, ainda tem um jogo a fazer pelo primeiro turno, dia 13 de outubro, contra o Vasco, em São Januário. Assim, poderá assumir a
liderança, caso não se afaste do rival até o duelo adiado.

O Timão, aliás, terá pela frente agora dois adversários em situações bem diferentes. No sábado, a equipe recebe o lanterna Grêmio Prudente, às 18h30m, no Pacaembu. Já na quarta-feira, faz o clássico com o Santos, às 22h, na Vila Belmiro. O Peixe está em quinto, com 34 pontos, e ainda sonha com o título.

- Temos que pensar em manter a tranquilidade, a vontade e a seriedade. Temos dois jogos importantes pela frente. Precisamos continuar somando pontos – completou Jucilei.

Pode parecer ironia, mas Dorival Júnior, técnico do time que acabou de conquistar o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil, admite que está vivendo o momento mais complicado de sua carreira. O comandante santista se tornou treinador de futebol há sete anos e garante que nunca havia sido tão desrespeitado por um jogador como aconteceu na última quarta-feira, na Vila Belmiro. Neymar, estrela santista, não gostou de ouvir cobranças e xingou o chefe nos minutos finais da partida contra o Atlético-GO.

- Ao logo dos meus sete anos de carreira como técnico, nunca tive problema nenhum de indisciplina. Mas com o Neymar, estão acontecendo alguns fatos - comentou.
Dorival promete punir Neymar. No entanto, sua principal preocupação é procurar entender o que está acontecendo com o jogador, que pelo segundo jogo consecutivo é pivô de polêmica. Domingo passado, contra o Ceará, em Fortaleza, ele se desentendeu com o volante João Marcos, da equipe nordestina, e iniciou um tumulto. O treinador santista ficou profundamente abatido com o episódio da última quarta-feira. Ele sempre foi um dos principais defensores do atacante.
- Não sei o que está acontecendo com ele. Estou tentando tudo o que posso para ajudá-lo. A partir do momento em que fugir das minhas mãos, não sei (o que acontecerá).

A diretoria do Santos vai contratar um psicólogo para cuidar do elenco e fazer um trabalho específico para Neymar.

- Os dirigentes estão ultimando os detalhes para contratar esse profissional. Acho que vai ser interessante e benéfico.


Na onda mais perigosa do mundo, assustar Kelly Slater é tarefa dura. Com uma nota 9,80 – conquistada na terceira fase -, o australiano Adam Melling tentou, mas caiu diante nas oitavas de final. O americano não superou a maior nota do campeonato, mas chegou perto. Tirou 9,37 e, com 17,70 pontos (em 20 possíveis), deu mais um passo rumo ao quarto título da quinta etapa do Circuito Mundial.

Adam vinha embalado pela vitória contra o havaiano Dusty Payne. Chegar perto de sua melhor nota, porém, parecia impossível. As ondas nesta sexta não ajudavam.

Nas marolas taitianas, Slater pegou a primeira onda que rendeu com nota acima dos cinco pontos. Aos 10 minutos, entrou em um longo tubo, mas não conseguiu sair dele. Ganhou 4,77 e viu, logo depois, Melling dar o troco com 6,50.

O aussie só precisava de 3,87 para virar, mas o americano, com o sinal de alerta ligado, remou rapidamente para uma outra onda. E se os tubos estavam fracos, o jeito foi tentar manobras. Assim, arrancou 8,33.

Melling agora precisaria trocar sua nota mais baixa – 1,00 – por 7,44. Tirou 1,93 e viu Slater mais uma vez entrar, mas não sair de um tubo. Ganhou 7,33. O melhor, porém, estava por vir. Mais uma boa onda, rasgadas, tubo e nota 9,37.


Oitavas de final:
1. CJ Hobgood (EUA) 13,50 x 8,67 Dane Reynolds (EUA)
2. Tiago Pires (POR) 14,83 x 12,83 Adriano de Souza (BRA)
3. Fredrick Patacchia (HAV) 10,00 x1,10 Owen Wright (AUS)
4. Jeremy Flores (FRA) 10,00 x 5,37 Manoa Drollet (TAH)
5. Kelly Slater (EUA) 17,70 x 8,43 Adam Melling (AUS)
6. Adrian Buchan (AUS) 16,37 x 8,83 Michel Bourez (TAH)
7. Andy Irons (HAV) 14,17 x 14,07 Mick Fanning (AUS)
8. Patrick Gudauskas (EUA) 17,00 x 13,66 Damien Hobgood (EUA)


Na cabeça, dreadlocks à Bob Marley. No uniforme, short azul, munhequeiras amarelas e cadarços de cores diferentes. O visual de Dustin Brown, fora dos padrões do tênis, combinado com um estilo de jogo cheio de curtinhas e subidas inesperadas à rede, conquistou a torcida no Estádio Arthur Ashe. O jamaicano só não conseguiu a vitória. Diante de Andy Murray, número 4 do mundo, Brown deu algum trabalho, mas só no primeiro set. O escocês saiu com a vitória por 7/5, 6/3 e 6/0.
Era apenas a terceira partida de Dustin Brown, 25 anos, em uma chave principal de Grand Slam. Sua estreia foi há pouco mais de dois meses, em Wimbledon. Acabou derrotado pelo austríaco Jurgen Melzer (15 do mundo hoje), rival forte demais para quem costuma disputar torneios da série Challenger - caso de Brown.

O jamaicano nascido na Alemanha - filho de um pai jamaicano e uma mãe alemã - teve mais sorte em Flushing Meadows. Sorteado para estrear conta o espanhol Rubén Ramirez Hidalgo, 92º no ranking, Brown aproveitou a chance. Por 6/4, 7/6(6) e 7/5, conseguiu sua primeira vitória em um Slam e 45 valiosos pontos no ranking mundial.

Para Murray, vice-campeão do US Open em 2008, a vitória desta sexta-feira significou uma rotineira vaga na terceira rodada do US Open. Seu próximo adversário será o suíço Stanislas Wawrinka (27), que passou pelo argentino Juan Ignacio Chela (51) por 7/5, 6/3 e 6/4.

Confira os resultados desta sexta em Nova York, pela segunda rodada:

Andy Murray(GBR)[4] 3 x 0 Dustin Brown(JAM) 7/5, 6/3 e 6/0
John Isner(EUA)[18] 3 x 1 Marco Chiudinelli(SUI) 6/3, 3/6, 7/6(7) e 6/4
Sergiy Stakhovsky(UCR) 3 x 2 Ryan Harrison(EUA) 6/3, 5/7, 3/6, 6/3 e 7/6(6)
Mikhail Youzhny(RUS)[12] 3 x 1 Dudi Sela(ISR) 6/1, 6/3, 4/6 e 6/3
Tommy Robredo(ESP) venceu Julien Benneteau(FRA) 6/4, 6/6 e abandono
Michael Llodra(FRA) 3 x 0 Victor Hanescu(ROM) 7/6(2), 6/4 e 6/2
David Ferrer(ESP)[10] 3 x 0 Benjamin Becker(ALE) 6/3, 6/4 e 6/4


Pouco menos de dois meses depois de se sagrar campeã mundial pela primeira vez, a Espanha não teve muito trabalho para golear a modesta seleção de Liechtenstein por 4 a 0, nesta sexta-feira, no jogo de abertura do grupo I das eliminatórias da Eurocopa 2012. Atual detentora do caneco da competição, a Fúria contou com a boa atuação do atacante Fernando Torres, autor de dois gols, para conseguir o tranquilo triunfo na cidade de Vaduz e começar bem a campanha pelo tricampeonato (além de 2008, conquistou o título em 1964).
Começo avassalador

Com praticamente o mesmo time que entrou em campo na final da Copa contra a Holanda - as mudanças foram Marchena na vaga de Puyol (machucado) e Fernando Torres no lugar de Pedro -, a Espanha começou a partida mostrando que não ia dar a mínima chance de Liechtenstein aprontar qualquer surpresa.

Logo aos dois minutos, Iniesta acertou forte chute cruzado e obrigou o goleiro Jehle fazer excelente defesa. O arqueiro teve mais trabalho um minuto depois em uma cabeçada de Villa.

Sem conseguir sequer passar do meio de campo, os anfitriões acabaram sofrendo o primeiro gol aos 17 minutos. Iniesta deu belo passe para Fernando Torres pelo lado direito. O atacante do Liverpool dominou e, com um leve toque de cobertura, anotou um golaço.

Villa fica perto de recorde de Raúl

Aos 26, David Villa, com uma bomba de fora da área, ampliou o placar. O tento deixou o atacante do Barcelona perto da marca do veterano Raúl, maior artilheiro da história da seleção da Espanha com 44 gols.
No segundo tempo, o técnico Vicente Del Bosque sacou Xavi e colocou Fábregas. Apesar da troca, a Espanha seguiu ditando o ritmo. Aos oito, Fernando Torres recebeu dentro da área e, com um forte arremate, fez o terceiro.

Aos 16, David Silva, que havia entrado na vaga justamente do artilheiro do dia, Fernando Torres, recebeu linda assistência de Busquets e transformou o triunfo em goleada. Villa, no último minuto, acertou o travessão e perdeu a chance de igualar o recorde de Raúl.

Na próxima terça-feira, a Espanha vai a Buenos Aires enfrentar a Argentina em amistoso no estádio Monumental de Nuñez. Em outro jogo da chave I, a Lituânia recebeu a Escócia e ficou no empate de 0 a 0.

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