Botafogo perde para o Santo André

Postado por Suh quarta-feira, 19 de agosto de 2009 0 comentários

O Botafogo encarava a partida contra o Santo André como o que poderia marcar as pazes com a Engenhão e o início da recuperação no Campeonato Brasileiro. Mas foi o time paulista, que ocupava a zona de rebaixamento e não vencia há oito partidas, que saiu de campo com os três pontos, fazendo 2 a 1, nesta quarta-feira, em jogo válido pela 20ª rodada. A torcida, revoltada, gritou “time de m...”. O Alvinegro chegou à terceira derrota em oito partidas em seu estádio. São apenas três vitórias e dois empates.

Com o resultado, o Santo André chegou aos 21 pontos na classificação, deixou a zona da degola e passou o Botafogo na classificação. A equipe de Estevam Soares, por outro lado, pode dormir na zona de rebaixamento, caso o Coritiba não perca para o Palmeiras, ainda nesta quarta-feira. Na próxima rodada, o time paulista recebe o Coxa, e o Alvinegro vai ao Pacaembu para enfrentar o Corinthians, no domingo.

Nem parecia que o Botafogo disputava uma partida considerada como chave para seu desempenho no Campeonato Brasileiro. Mas o Santo André, sim. Enquanto o time da casa mostrava displicência, os paulistas aproveitavam de sua velocidade e da fraca marcação adversária para surpreender.

E foi assim que o Santo André abriu o placar, logo aos quatro minutos de partida. Numa jogada rápida pela direita, Cicinho avançou e tocou para Júnior Dutra, que recebeu no meio e, sem ser incomodado, driblou e tocou na saída de Flávio, fazendo 1 a 0.

Embora ainda apoiando, a torcida do Botafogo passou a vaiar Emerson, que tentava ajudar o ataque com algumas subidas pela direita. Mas o Alvinegro não conseguia construir qualquer jogada, e o Santo André apenas esperava um erro para sair em contra-ataque. Dessa forma os paulistas ampliaram, aos 15 minutos, quando Juninho perdeu uma bola em seu campo defensivo uma bola para Júnior Dutra, que avançou pela direita e apenas tocou para Nunes, que completou para a rede.

A partir de então, o capitão e ídolo dos alvinegros foi a vítima das vaias, que também se estenderam a Eduardo. A paciência dos torcedores acabou, e a de Estevam Soares também. Aos 17 minutos o treinador gritou para que todos os reservas fossem para o aquecimento.

Dentro das quatro linhas, a torcida gritava raça e exigia atitude de um time que mostrava pouca coordenação em campo. O Santo André permanecia com 11 jogadores em seu campo defensivo, esperando mais um erro do Botafogo para buscar mais um gol. Mas apesar da falta de objetividade, o Alvinegro conseguiu diminuir a diferença no fim do primeiro tempo.

André Lima subiu para dominar uma bola levantada na área e levou um tranco de Vinícius Orlando. O árbitro não teve dúvidas em marcar o pênalti. Como Lucio Flavio, cobrador oficial, cumpria suspensão, coube ao atacante a cobrança. Ao contrário do que aconteceu na derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR, ele cobrou com precisão no canto direito de Neneca, fazendo 2 a 1 aos 41 minutos.

O Botafogo voltou para o segundo tempo com Reinaldo no lugar de Jônatas. O atacante atuou um pouco mais recuado, mas chegando à frente para combinar jogadas com a dupla ofensiva. O Alvinegro mostrou mais vontade e chegou com perigo nos primeiros minutos. Victor Simões, de cabeça, exigiu boa defesa de Neneca. Em seguida, Batista desperdiçou boa oportunidade dentro da grande área.

Mas com o passar dos minutos, o clima de desespero começou a ficar claro. O Botafogo deixou de lado o toque de bola e passou a apostar nas bolas altas na área. O Santo André se fechava à frente de sua área e tirava as bolas da maneira que podia. E quando construiu uma jogada pelo chão, o Alvinegro ganhou uma vantagem importante aos 26 minutos, depois que Vinícius Orlando cometeu falta em André Lima e foi expulso, após receber o segundo cartão amarelo.

No entanto, o fato de ter um jogador a mais não foi aproveitado pelo Botafogo. A equipe seguiu errando muitos passes, não conseguindo chegar com perigo ao gol do Santo André. Nas poucas vezes que isso aconteceu, o goleiro Neneca apareceu bem.

Depois de cinco jogos sem vencer no Brasileirão, o Vitória voltou a fazer as pazes com a sua torcida e bateu o Atlético-PR por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Barradão, pela 20ª rodada. Ramon - que chegou a 94 gols em campeonatos brasileiros -, e Neto Berola marcaram para o Leão, enquanto Wallyson descontou para o Furacão, que conheceu a sua primeira derrota após quatro partidas sob o comando de Antônio Lopes.

Na próxima rodada, o Vitória encara o Sport, sábado, na Ilha do Retiro, às 18h30m, enquanto o Atlético-PR recebe o São Paulo, domingo, às 16h, na Arena da Baixada.

Com menos de dez minutos, o Atlético-PR teve dois lances de perigo, pelo lado direito. Paulo Baier cobrou faltas para a área, e a zaga baiana afastou o perigo. O Vitória respondeu com um chute de Ramon, de fora da área, assustando o goleiro Galatto. Na sequência, o árbitro Wilson Souza Mendonça foi até a área técnica do Atlético-PR e pediu para que o treinador Antônio Lopes retirasse o seu blazer preto, que estaria confundindo com a camisa dos jogadores do Vitória.

Até os 15, a partida estava estudada, o Furacão rodava a bola, enquanto o Leão insistia pelo meio. Em uma descida do Atlético-PR pela esquerda, com Marcinho, Paulo Baier recebeu na intermediária e deixou com Wesley. O meia dominou e chutou forte, de fora da área, assustando o arqueiro Gléguer. Os baianos tentaram responder aos 20, mas o chute de Willian saiu sobre a meta de Galatto.

As equipes pouco criavam, e os erros de passe eram muitos. Aos 29, em mais um contra-ataque paranaense, mais uma vez Wesley chutou de longe, sobre o gol de Gléguer. A maior posse de bola dos anfitriões não era sinônimo de eficiência até os 31, quando o veterano Ramon abriu o placar. Willian desceu pela esquerda e rolou para a entrada da área, o meio-campo de 37 anos pegou de primeira, uma bomba, sem chance para Galatto - este foi o 94º gol dele em Brasileiros.

Rei da banheira no primeiro turno, com 28 impedimentos, Roger desta vez recebeu em posição legal, girou, mas chutou fraquinho, aos 35. Antes, em uma tentativa de ataque do Furacão, Marcinho recebia em posição legal, na área, mas a arbitragem vacilou e marcou impedimento inexistente. Antes do fim da primeira etapa, em um lance com Nei, Willian sentiu a coxa e foi substituído por Neto Berola, no Vitória. Nos descontos, Roger recebeu na área, cortou o colombiano Valencia, e finalizou. Nei apareceu cortando para escanteio.

Na volta do intervalo, o técnico Antônio Lopes fez duas alterações. Tirou o inoperante Zulo para a entrada de Gabriel Pimba, enquanto Marcinho cedeu o posto para Wallyson. Dois jogadores de velocidade para tentar dar mais dinâmica ao ataque do Furacão. E, aos quatro minutos, a alteração fez efeito. Wallyson aproveitou a bobeira do zagueiro Marcos Aurélio, roubou e escorou na saída de Gléguer, empatando para o Atlético-PR.

A maneira de jogar do Furacão não mudou. O Vitória tomava a iniciativa, e a equipe paranaense tentava encaixar os contra-ataques, forçando o erro do adversário. Aos nove, Ramon cobrou falta perigosa, e Galatto espalmou. Aos 17, Neto Berola chutou da entrada da área, e Galatto afastou para escanteio. O arqueiro atleticano começava a se transformar na maior figura em campo.

De tanto insistir, o Vitória desempatou, aos 23. O vaiado Roger descolou excelete passe para Neto Berola, na área, que bateu de chapa, no canto de Galatto. A situação do Atlético-PR piorou quando Nei foi expulso, aos 27. O lateral, que já tinha cartão amarelo, impediu a progressão de Roger e foi para o chuveiro mais cedo. A pressão baiana não parou. Aos 32, Roger chutou e Galatto não segurou, No bate-rebate, o ataque do Leão tentou ampliar, mas a defesa afastou para escanteio.

Dos 35 em diante, o Vitória diminuiu o ritmo, e o Atlético-PR correu atrás do empate. Quem contra-atacava agora era a equipe baiana, que tinha Elkeson na vaga de Roger, que saiu sob um misto de Vaias e aplausos. Fransérgio substituiu Márcio Azevedo, apagado na lateral esquerda do Furacão. Faltando poucos minutos para o fim, Carlos Alberto substituiu o veterano Ramon, que saiu aplaudido de campo e cumprimentou o técnico Vágner Mancini, que em sua primeira passagem pelo Vitória teve problemas com o meio-campo.

No confronto entre o mandante bonzinho e o convidado educado, melhor para o time da casa. O Santos venceu o Grêmio por 1 a 0, gol de Paulo Henrique Ganso, e foi a 28 pontos, igualando-se ao próprio tricolor, que leva a melhor por ter uma vitória a mais. O time da Vila ocupa momentaneamente o décimo lugar. Já a equipe gaúcha está em sétimo.

Essa foi apenas a quarta vitória santista em nove jogos na Vila Belmiro neste Brasileirão. O time não vencia em seus domínios desde o dia 22 de julho, quando bateu o Atlético-PR. Já o Grêmio continua sem conseguir vencer fora. Em dez jogos, oito derrotas e dois empates.

O Santos volta a jogar no domingo, contra o Goiás, às 18h30m (horário de Brasília), no Serra Dourada. Já o Grêmio, no mesmo dia, mas as 16h, recebe o Atlético-MG, no Olímpico.

O primeiro tempo de Santos e Grêmio foi um castigo para os torcedores que foram à Vila Belmiro nesta quarta-feira à noite. Um jogo sofrível. O Santos tentava construir jogadas, mas não tinha criatividade para superar a marcação gremista, que, por sua vez, pegava muito forte no meio, mas não conseguia trocar passes na frente.

Dessa forma, o jogo ficou amarrado no meio-de-campo até os 29 minutos, quando Jonas tentou quebrar a monotonia com um chute de fora da área. Felipe espalmou para escanteio com dificuldades.

O Santos insistia pelo lado direito, já que, na esquerda, o volante Pará, improvisado na ala, tinha dificuldades para cruzar. Pela direita, George Lucas chegava com mais liberdade, chegou a acertar alguns cruzamentos, mas Kléber Pereira, perdido no meio dos zagueiros gremistas, não conseguia sequer encostar na bola.

Mesmo jogando mal, o Peixe tomava a iniciativa e chegou até a abrir o placar. Aos 31, Madson cruzou da direita. Germano tentou desviar, mas a bola entrou direto. A arbitragem, porém, anulou o gol alegando impedimento do volante santista, que estava em posição regular.


Se o juiz atrapalhou aos 31, aos 35 faltou foi categoria para Kléber Pereira. Paulo Henrique Ganso cruzou da direita, Rafael Marques tentou afastar e mandou no travessão. A bola voltou para o atacante santista, que tentou um voleio. Mas, desengonçado, pegou muito mal e mandou por cima.

O segundo tempo foi um pouco mais movimentado. Graças principalmente ao fato de o Peixe ter adotado uma postura mais ofensiva. Com Neymar em campo (ele entrou no lugar de Germano), o Peixe ganhou maior mobilidade no ataque e empurrou o Grêmio para trás. Logo aos 6, o garoto santista invadiu a área fazendo fila e quase marcou um golaço, quando chutou rasteiro. Victor defendeu.

O Grêmio se armou para tentar puxar contra-ataques, mas a defesa santista, bem posicionada, não dava chances.

À medida que o tempo ia passando, o time santista começava a se enervar. Com campanha ruim como mandante no primeiro turno, o Peixe planejava começar a mudar isso na primeira rodada do returno. Mas faltou acertar os passes. A equipe dominou a posse de bola, conseguiu chegar à área gremista, mas na hora do passe final, faltou capricho.

Quando o passe saiu, saiu também o gol. Aos 34, George Lucas acertou bom cruzamento da direita, na cabeça de Paulo Henrique Ganso, que entrava pelo meio. O golpe saiu certeiro, com força, sem chances para Victor.

Ao levar o gol, o Grêmio tentou sair desordenadamente, dando espaços para o Peixe atacar. Aos 41, Rafael Marques fez falta dura em Neymar e foi expulso. Com um jogador a mais, o Peixe tratou de segurar o ímpeto do Grêmio, mas teve muito trabalho. O time gaúcho deixou a cautela de lado e se lançou com tudo para a frente. Até o goleiro Victor foi ao ataque nos últimos minutos para tentar o empate. Mas não deu.

Com a justificativa de dar ao torcedor a chance de ver o Atlético-MG brigar pelo título do Campeonato Brasileiro, o presidente do clube, Alexande Kalil, recusou uma proposta do Saint-Etienne, da França, por Diego Tardelli. Segundo a assessoria de imprensa do Galo, os franceses ofereceram € 9 milhões (R$ 23,6 milhões) pelo atacante, que estreou na seleção brasileira no amistoso contra a Estônia, semana passada. Quem intermediou a oferta foi o procurador de Tardelli, Giuliano Bertoluci.

Kalil sequer se interessou em marcar um encontro para tratar do assunto. Nesta terça, durante o anúncio de um novo acordo comercial para o Atlético, o dirigente ratificou a intenção de não negociar Diego Tardelli até o fim do Nacional, algo que o próprio jogador pediu ao mandatário.

- Tivemos propostas, mas não só da França. O mundo está interessado no Diego Tardelli. Temos um compromisso com a torcida de segurar o jogador. Vou cumprir. O ano que vem, provavelmente, eu venda, porque tenho de viabilizar o Atlético para o fim do meu mandato (em 2011). Mas, este ano, eu ainda não desci da arquibancada. Quero ficar lá e dar uma oportunidade para que o Atlético brigue para ser campeão – disse.

O dirigente ressaltou que não vê a hora de o período de transferências para o exterior chegar ao fim, em 31 de agosto.

- Estou alucinado para acabar essa janela. Vamos fazer um sacrifício. Cabe ao presidente dar uma chance ao clube de chegar. Essa chance eu quero dar ao Atlético este ano – afirmou.

O ritual se repetiu. Ele fez graça para as câmeras, brincou com o público no estádio, venceu a prova com tranquilidade e depois parou para mais uma das frases que o mundo inteiro espera para ouvir de Usain Bolt. Após se classificar para a final dos 200m com o melhor tempo, mesmo sem forçar, o velocista jamaicano deu uma dica do que pode se esperar dele na final desta quinta-feira.

- Eu estou sempre motivado porque quero ser uma lenda. Estou trabalhando nisso.

O jamaicano diz que ainda não planejou nada para o dia do seu aniversário de 23 anos, sexta-feira, mas ao menos um presente ele já ganhou: um dia de folga, pois não precisará correr as eliminatórias do revezamento 4x100m.

- Eu não pensei em nenhuma festa. Vou tirar o dia para mim mesmo, mas não posso fazer muita coisa porque a final do revezamento 4x100m é no sábado. Ao menos não vou precisar competir na sexta. Mas não estou muito interessado em passear como turista. Geralmente fico no meu quarto jogando vídeo game, jogos de futebol no vídeo game.

Bolt então olhou para um aparelho de TV na sala de entrevistas que exibia imagens da bateria seguinte das semifinais, interrompeu o que dizia e falou:

- Agora vamos assistir à corrida.

O recordista mundial dos 100m e dos 200m então virou um torcedor, à espera de um bom resultado do compatriota Steve Mullings, que acabou também se classificando com o segundo lugar da série. No fim, porém, quando Mullings segurou um pouco as passadas e reduziu o ritmo, Bolt não gostou.

- Por que ele está fazendo isso? Por quê?

Em seguida, o jamaicano voltou à entrevista e mais uma vez não prometeu recorde.

- Vou entrar para fazer o melhor, como sempre. Mas eu não tenho feito o mesmo esforço nos 200m do que nos 100m, apesar de estar me sentindo bem melhor do que na véspera.

Por último, Usain Bolt lamentou a ausência do americano Tyson Gay na disputa dos 200m.

- Fico decepcionado que ele não esteja, seria bom competir contra ele, mas tenho que pensar somente em mim. Espero que ele possa estar de volta para que a gente se enfrente depois do Mundial.

Chat