Uma cena lamentável marcou o clássico argentino na categoria sub-14 entre Boca Júniors e River Plate. O jogo chegava nos minutos finais quando os pequenos jogadores, de ambas as equipes, trocaram socos e pontapés e alguns saíram sangrando do gramado durante uma briga que durou pouco mais de meio minuto.

O jogo estava 2 a 1 para o Boca e corria normalmente quando o juiz Fernando Broin marcou um pênalti para o River, já nos acréscimos do segundo tempo. O treinador Roberto Pompei, do Boca, invadiu o gramado e foi discutir com o árbitro. Não demorou para que algumas trocas de empurrões terminassem com um soco no atacante que sofreu a penalidade e começasse toda a confusão.

- Houve um soco de um jogador do Boca mas a reação dos nossos atletas não se justifica – disse Ricardo De Angeli, treinador do River Plate.

Os cerca de 600 torcedores que se encontravam no estádio ajudaram a esquentar ainda mais o clima gritando palavras de incentivo a agressão. O saldo da confusão foram quatro adolescentes machucados, sete expulsos e a suspensão do treinador Pompei, que começou toda a confusão.

- Não é legal que se passem este tipo de coisas nesta idade. Vamos avaliar o acorrido com as pessoas que estavam no local – comentou o presidente do Boca Juniors Jorge Ameal.

Na dança das cadeiras da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, o Grêmio deu um “chega pra lá” no Flamengo para fechar o primeiro turno em um lugar mais confortável, com boa vista para a zona de classificação para a Libertadores da América. O Tricolor aproveitou a força do Olímpico, onde não perde há quase um ano, e goleou o Rubro-Negro por 4 a 1. Os gols dos gaúchos foram marcados por Perea, Réver e Jonas, duas vezes, mas quem brilhou mesmo foi o goleiro Victor. Everton fez para os cariocas.

Com o resultado, o Grêmio subiu na tabela, ultrapassando o próprio Flamengo. A equipe de Paulo Autuori subiu para 28 pontos, na sétima colocação. O time de Andrade, estacionado nos 27, caiu para décimo.

As duas equipes voltam a campo no meio da semana. Na quarta-feira, o Grêmio visita o Santos, na Vila Belmiro. Na quinta, o Flamengo recebe o Cruzeiro, no Mineirão.

Cada aplauso que o goleiro Victor recebeu ao sair de campo no primeiro tempo foi justificado. Por culpa dele, Adriano deixou de ser artilheiro para virar garçom. O Imperador rubro-negro bem que tentou fazer o que mais sabe, mas balançar a rede tricolor se tornou uma tarefa quase sobre-humana nos 45 minutos iniciais. O ídolo gremista fechou o gol. Só não pegou uma. E faltou pouco para agarrar até essa.

O Flamengo foi melhor no primeiro tempo. A superioridade carioca foi resultado direto do rendimento das duas equipes no meio-de-campo. No lado tricolor, Túlio não funcionou como auxiliar de Douglas Costa na articulação e Réver, como primeiro volante, não teve a mesma eficiência de quando é zagueiro. No Rubro-Negro, Fierro foi apenas regular, mas Lenon jogou como se fosse titular do Flamengo há décadas. Willians incomodou Douglas Costa o tempo todo. Com boas saídas também pelas laterais, o time de Andrade impediu o Grêmio de anular o acesso a Adriano. E aí esteve um problema dos grandes para a equipe gaúcha.

O Grêmio saiu na frente em um momento comovente para os tricolores. Aos 15 minutos, Jadilson cruzou da esquerda e Perea, de cabeça, fez 1 a 0. O colombiano não marcava um gol desde agosto do ano passado. Ele passou a temporada lesionado, quase esquecido. No momento em que viu a bola entrar no gol de Bruno, o jogador saiu correndo feito criança. Era o renascimento dele. Não foi por acaso que quase todos os jogadores do Grêmio correram para abraçar o gringo.

A vantagem azul durou dez minutos. Aos 25, o Flamengo empatou em linda assistência de Adriano. Cercado pela zaga tricolor, o centroavante rolou para Everton, na esquerda. O chute cruzado desviou nas mãos do goleiro Victor. A bola rumou mansa para dentro do gol, quase em câmera lenta. O Fla alcançava uma igualdade que só não virou vantagem no primeiro tempo porque Victor, a partir dali, pegou todas.

Aos 33 minutos, a bola chegaria ao pé de Adriano, e o Flamengo viraria o jogo se Victor não antevisse a jogada e abafasse o cruzamento. Aos 35, teve muito gremista fechando os olhos para não ver a concretização de um lance que tinha cara de festa rubro-negra. O Imperador passou fácil pela zaga gremista e ficou cara a cara com Victor. Era o centroavante contra o goleiro. E o goleiro ganhou. Milagre.

O lance do gol de Everton não foi o único momento de garçom de Adriano. Com 42 minutos, o camisa 9 deu passe de primeira, daqueles que só os craques fazem, para Emerson. O Sheik entrou livre para marcar. E Victor pegou mais uma.

A torcida gremista resmungou da arbitragem. Pediu toque de Ronaldo Angelim dentro da área e reclamou de faltas não-marcadas. Réver, de cabeça, quase marcou aos 41 minutos. A bola passou muito perto da trave de Bruno.

Bruno tentou imitar Victor no segundo tempo. Com o Grêmio no abafa, o goleiro flamenguista também fez defesas de cair o queixo. Aos quatro minutos, abafou a boa jogada de Jonas. O lance rendeu escanteio, que terminou em cabeceio forte de Rafael Marques. Bruno espalmou.

Mas não se pode pegar todas, como também aconteceu com Victor no primeiro tempo. Aos 12 minutos, o zagueiro/volante Réver tabelou com Douglas Costa, avançou com dribles e mandou a pancada. A bola passou por baixo de Bruno para colocar o Grêmio novamente em vantagem. Uma falha e tanto.

O Grêmio tentou seguir no ataque para evitar a pressão do Flamengo, mas foi impossível impedir novas chances para o adversário. Victor voltou a brilhar. Pegou uma pancada de Adriano e um chute colocado de Emerson. No ataque, o Tricolor ainda conseguiu fazer o terceiro. Perea foi derrubado por Aírton aos 35 minutos. Pênalti. A torcida gritou o nome de Victor antes e depois de Jonas cobrar e fazer. Um minuto depois, David derrubou Joílson dentro da área. Outro pênalti e novo pedido para o camisa 1 ir ao ataque. Não foi. Jonas bateu forte no centro do gol e fez o quarto. Em um jogo com cinco gols e boas alternativas ofensivas, o craque vestiu luvas.

Após abrir boa vantagem no primeiro tempo, o Goiás quase pôs tudo a perder, mas conseguiu derrotar o Vitória por 3 a 2, no Serra Dourada, neste domingo, pela 19ª rodada do Brasileirão. Com o resultado, o time esmeraldino, que marcou duas vezes na etapa inicial, com Felipe Menezes e Fernando, chegou à vice-liderança provisória da competição, com 35 pontos. A reação do time rubro-negro, que segue com 25 pontos, e caiu para a 11ª posição, começou no primeiro tempo, com Leandro Domingues, e Neto Berola, na segunda metade do confronto. Mas, depois de estarem muito perto de virar a partida, os baianos foram castigados com a cabeçada certeira do lateral Júlio César, no último minuto da partida.

Apesar do tropeço, o Vitória, que não vence há cinco rodadas, demonstrou uma nova postura, na reestreia do técnico Vagner Mancini no comando da equipe.

O time baiano volta a campo na quarta-feira, quando recebe o Atlético-PR no Barradão. Já o Goiás enfrenta o Náutico nos Aflitos, na quinta-feira.

Em início de jogo marcado pela cautela dos dois times, o Vitória apareceu melhor. Já aos dois minutos, Roger fez boa jogada pela direita, invadiu a área, mas se atrapalhou e desperdiçou a chance de abrir o placar. O Leão voltou a levar perigo aos 15, em chute de Leandro Domingues defendido por Harlei.

Mas o Goiás não demorou a acordar. Aos 25, Léo Lima tabelou com Iarley, recebeu na área, mas bateu por cima do gol. O time esmeraldino insistiu e, aos 26, o próprio Léo Lima viu Felipe Menezes invadindo a área pela direita, fez o passe e viu o camisa 10 tocar entre a trave e o goleiro Gléguer para abrir o placar.

Embalado, pelo primeiro gol, os donos da casa ampliaram aos 31. Iarley invadiu a área pela esquerda, driblou a zaga e tocou para Fernando, que vinha de trás, marcar o segundo.

Ao invés de se abater, os visitantes correram atrás do prejuízo. Aos 33, Leandro Domingues ganhou a disputa pela bola na entrada da área goiana e, na saída de Harlei, mandou por cobertura para o fundo das redes.

O empate poderia ter saído aos 36. Jackson recebeu belo passe de Leandro Domingues, dentro da área, mas chutou muito mal e isolou. Na sequência, Felipe Menezes arriscou de fora da área e quase pegou Gléguer de surpresa, mas a bola saiu raspando na trave direita do camisa 12 rubro-negro.

Apesar da desvantagem no placar, o Vitória ficou com um jogador a mais em campo aos 44, depois que Ramalho, que já havia sido advertido com o cartão amarelo, interrompeu o contra-ataque baiano com falta e acabou expulso.

A equipe do técnico Hélio dos Anjos voltou dos vestiários com o volante Gomes no lugar de Felipe Menezes. Mesmo desfalcado, o Esmeraldino teve a primeira boa chance da segunda etapa. Aos cinco, Leandro Euzébio recebeu cruzamento na pequena área, de frente para o gol, mas não teve domínio e jogou fora boa chance de definir a partida. Aos dez, foi a vez de o Rubro-Negro devolver o favor, e, após bola alçada por Leandro Domingues, Roger cabeceou para fora, apesar de ter o gol aberto para empatar.

Percebendo o cansaço de alguns de seus jogadores, o técnico Vagner Mancini pôs Carlos Alberto no lugar de Gil, e Neto Berola na vaga de Willian.

As trocas surtiram efeito aos 13. Neto Berola avançou pelo meio e arriscou de fora da área. Harlei pulou para defender, mas a bola ainda bateu na trave direita do goleiro esmeraldino antes de entrar.

O Vitória sentiu que os três pontos estavam ao seu alcance, e os jogadores aumentaram a pressão. Aos 24, Neto Berola recebeu dentro da área, mas chutou fraco em cima de Harlei. O autor do segundo gol baiano desperdiçou nova chance aos 28, quando cabeceou pela linha de fundo, a centímetros da trave. Aos 29, o goleiro Harlei mostrou serviço e fez bela defesa em chute forte de Roger.

Mas o time Rubro-Negro acabou sofrendo dois golpes nos momentos finais da partida. Após tentar cavar um pênalti, Leandro Domingues foi expulso de campo. Aos 45, em um dos poucos ataques dos goianos no segundo tempo, Júlio César recebeu cruzamento na área e, de cabeça, pôs o time à frente no placar novamente. Sem que houvesse tempo para uma nova reação, o Vitória amargou seu quinto jogo sem vencer.

O São Paulo voltou ao G-4 do Campeonato Brasileiro. Jogando na Ilha do Retiro, no Recife, a equipe comandada por Ricardo Gomes, mesmo sem mostrar o bom futebol das últimas partidas e sem dois zagueiros, expulsos, venceu o Sport por 2 a 1. A vitória veio de maneira dramática, com um gol marcado por Hugo, aos 48 minutos do segundo tempo.O time foi beneficiado pela derrota do Atlético-MG para o Corinthians por 2 a 0 para voltar ao grupo doss quatro melhores na 19ª rodada.

Foi a sexta vitória consecutiva do Tricolor e a sétima nas últimas nove partidas. Com o resultado, a equipe foi aos 33 pontos e assumiu a quarta posição, com o mesmo número do Internacional, terceiro colocado, que tem uma vitória a mais. Já o Sport segue na lanterna do Brasileirão, com apenas 13 pontos.

Os dois times voltarão a campo no meio da semana. Na quarta-feira, o Tricolor receberá o Fluminense no Morumbi. No mesmo dia, o Sport vai enfrentar o Barueri, na casa do adversário.

Mesmo com a fraca campanha no Brasileirão, a torcida do Sport fez a sua parte e compareceu em grande número à Ilha do Retiro. E, quando a bola rolou, a equipe de Péricles Chamusca tomou a iniciativa. Com mudanças na escalação e no esquema tático (saiu o 4-4-2 e entrou o 3-5-2), a equipe chegou duas vezes ao gol de Denis nos primeiros dez minutos, ambas com o atacante Wilson.

Mas foi só. A partir do momento em que o São Paulo começou a controlar a posse de bola, o time pernambucano se retraiu. Aos 16, aconteceu a primeira chegada do Tricolor com Hernanes, que recebeu de Washington e bateu rasteiro, para firme defesa de Magrão. No minuto seguinte, Borges recebeu de Washington e, na entrada da área, girou e bateu de pé esquerdo. A bola desviou em Durval e foi para a linha de fundo.

A esta altura da partida, só um time jogava. O São Paulo tinha liberdade para tocar a bola no meio-campo e também usava muito as laterais, principalmente a esquerda, onde a dupla Jorge Wagner e Junior Cesar se destacava. Aos 20, o gol só não saiu porque Magrão fez bela defesa em chute da entrada da área de Hernanes, após passe açucarado de Borges.

Mas, quatro minutos depois, o Tricolor abriu o marcador. Junior Cesar puxou contra-ataque pela esquerda, avançou pelo meio e tocou para Hernanes na direita. O camisa 10 fez belo lançamento para Borges que, de cabeça, ajeitou para Washington. Cara a cara com Magrão na pequena área, o camisa 9 bateu de pé direito, no canto esquerdo da meta pernambucana. Foi o sétimo gol dele no Brasileirão e o 24º no ano.

Com a vantagem adversária, a torcida do Sport perdeu a paciência. E o time, dentro de campo, não acertou mais nada. O lateral-direito Moacir mostrava iniciativa no apoio, mas tropeçava nas próprias pernas. No ataque, o garoto Ciro, sozinho, não conseguia passar pela forte marcação adversária. E o São Paulo, tranquilamente, tocava a bola e, quando ia ao ataque, era mais perigoso.

Aos 31, Adrián González, que fazia a sua estreia pelo Tricolor, roubou a bola de Durval dentro da área mas acabou adiantando a bola e permitiu o corte salvador de Magrão. No fim do primeiro tempo, a torcida do Sport vaiou demais os seus jogadores.

Insatisfeito com o desempenho de sua equipe, Chamusca fez duas alterações: sacou os inoperantes Juliano e Fumagalli e colocou Fabiano e Luciano Henrique. O time melhorou sensivelmente e rapidamente equilibrou a partida. Do outro lado, o São Paulo foi mais defensivo, buscando um contra-ataque para tentar definir a partida.

A torcida sentiu o crescimento da equipe e passou a cantar nas arquibancadas da Ilha. Nos primeiros dez minutos, o Sport chegou por duas vezes com perigo, em jogadas pela ponta esquerda, mas falhou no último toque. Aos 13, Andrade chutou de fora da área e Denis defendeu em dois tempos.

Percebendo a melhora rival, Ricardo Gomes resolveu mexer no São Paulo, sacando Adrián González e colocando Zé Luis. Isso para melhorar a marcação na lateral-direita, já que Dutra começou a dar trabalho no apoio pela lateral. Aos 16, ele arriscou de fora da área, e Denis espalmou pela linha de fundo.

Ricardo Gomes resolveu mexer novamente no time e no esquema tático: tirou Borges e colocou Hugo. Com isso, o time saiu do 3-5-2 e passou para o 3-6-1, somente com Washington isolado no ataque. A ideia era voltar a equilibrar as coisas no meio-campo.

Aos 25, as coisas se complicaram ainda mais para o Tricolor, já que Miranda, que tinha cartão amarelo, fez falta em Wilson e foi bem expulso pelo juiz Sandro Meira Ricci. Péricles Chamusca, então, partiu para o tudo ou nada, colocando o atacante Licom na vaga do zagueiro Igor. E o São Paulo, a esta altura, se defendia como podia.

Aos 30, o Sport, por muito pouco, não empatou a partida. Moacir cruzou da direita, Denis falhou, Wilson cabeceou, e Zé Luis, quase na linha, conseguiu afastar o perigo, para desespero do torcedor pernambucano.


Nos últimos dez minutos, o jogo, que estava morno, ganhou em dramaticidade. Aos 35, o São Paulo teve a chance para matar a partida com Washington, que recebeu cruzamento de Hernanes e, de primeira, bateu de pé direito e acertou a trave direita de Magrão. Logo depois, foi a vez de o Sport ficar com dez homens, já que Wilson simulou um pênalti e foi expulso.

Três minutos depois, o São Paulo voltou a ficar com um homem a menos. Renato Silva fez falta em Ciro, e, como já tinha cartão amarelo, recebeu o vermelho. Com dois zagueiros a menos, ficou muito complicado segurar a vantagem. E, aos 39, após cobrança de escanteio da direita de Luciano Henrique, César cabeceou para o meio da área e Fabiano, sozinho, tocou no canto esquerdo de Denis. Festa na Ilha do Retiro.

O São Paulo, na base da superação, teve um último gás e, quando o jogo já estava nos acréscimos, conseguiu o que ninguém esperava. Junior Cesar escapou pelo meio, foi para a direita, passou por Moacir e fez um cruzamento primoroso para Hugo que, de cabeça, tocou no canto direito de Magrão. Vitória garantida e volta ao G-4.

Sob os olhares de Ronaldo, ainda fora por conta da operação na mão esquerda e da lipoaspiração, o Corinthians, enfim, voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. Na tarde deste domingo, com o craque na arquibancada do estádio do Pacaembu, o Timão voltou a jogar bem e venceu o Atlético-MG por 2 a 0, pela última rodada do primeiro turno. Feliz, a Fiel cantou novamente o já tradicional “o Coringão voltou”.

O triunfo acaba com um jejum de cinco jogos no Parque São Jorge. Nos últimos duelos tinham sido três derrotas (Palmeiras, Náutico e Flamengo) e dois empates (Santo André e Avaí). Agora com 28 pontos, o Timão sobe da 11ª colocação para a oitava.

Para o Atlético, que jogou com nove desfalques (seis titulares e três reservas), o tropeço na capital paulista faz a equipe de Belo Horizonte cair três posições e deixar o G-4. Saiu da vice-liderança para a quinta colocação, com 32. Só que o Galo tem um jogo a menos em relação aos rivais, porque ainda tem de encarar o Internacional.

Na próxima rodada, a primeira do segundo turno do Brasileirão, o Corinthians vai a Porto Alegre, onde enfrenta o Internacional, no Beira-Rio, quarta-feira, às 21h50m. É a primeira vez que o time paulista retorna ao estádio onde foi campeão da Copa do Brasil. Já o Atlético-MG joga na quinta-feira, contra o Avaí, às 21h, no Mineirão.

Aproveitando o fato de o Atlético-MG estar com um time cheio de desfalques, o Corinthians foi logo para cima do rival. No primeiro minuto, teve chance em cobrança de falta de Chicão, que desviou na zaga e saiu pela linha de fundo. Aos três minutos, ótima chance para o Galo em chute de Tardelli. O gol só não saiu porque Edu salvou em cima da linha.

Tchô deu bom lançamento para Éder Luís. O atacante, na cara do gol, foi interceptado pelo goleiro Felipe. No rebote, porém, Diego Tardelli chutou rasteiro. Foi então que o volante corintiano apareceu para tirar o perigo. Um vacilo do Timão aos oito permitiu ainda ao Galo assustar. Jucilei perdeu a bola, e Éder Luís bateu de fora da área.

Aos poucos, porém, o Corinthians retomou o domínio do jogo. Aos nove, Dentinho avançou pelo meio e tocou para Boquita na direita. Ele cruzou na cabeça de Henrique, que desviou por cima do gol. Aos 21 minutos, uma baixa no clube paulista. Edu, machucado, deu lugar a Moradei.

Um minuto depois, o Timão aproveitou a apatia do time mineiro e até chegou a marcar, mas o gol não valeu. Dentinho chutou cruzado, Bruno espalmou, e Henrique, fazendo falta no goleiro, desviou de cabeça. Aos 24, Dentinho mais uma vez apareceu bem na área, mas tocou fraco na saída de Bruno, perdendo ótima chance.

De tanto insistir, o jovem corintiano marcou aos 25 minutos. Dentinho recebeu a bola na esquerda, ajeitou e chutou colocado. O desvio em Werley enganou Bruno. Mais tarde, aos 34, o goleiro do Galo, machucado, daria lugar a Edson. Em vantagem no placar, o Timão apenas administrou a posse de bola, e Felipe pouco trabalhou.

Somente o Atlético voltou com mudança para a etapa final. Celso Roth sacou Tchô e colocou o zagueiro Marcos. A alteração chamou o Corinthians para o campo de ataque, e a pressão foi grande em cima do Galo. Logo no primeiro minuto, Boquita deu ótimo passe para Moradei. Mas o volante, na cara do gol, chutou para fora.

No minuto seguinte, a postura ofensiva do Timão se mostrou eficiente. Após falha de Thiago Cardoso, Boquita recebeu passe na direita da grande área e acertou, com categoria, o ângulo direito do goleiro Edson: 2 a 0. Dois minutos depois, Elias ainda teve chance de ampliar, mas mandou para fora.

Mal em campo e com desvantagem de dois gols, o Galo viu sua situação ficar ainda pior aos 12 minutos. Renan levou cartão vermelho depois de fazer falta por trás em Elias. O corintiano avançava no contra-ataque. O Timão, então, continuou a pressão. Aos 17, após cruzamento de Jorge Henrique, Henrique cabeceou para defesa de Edson.

A boa atuação do Corinthians fez o torcedor ficar empolgado. Afinal, desde a saída de jogadores como André Santos, Cristian e Douglas, vendidos, e Ronaldo, machucado, o Timão não jogava tão bem. Pior para o Galo.

Com o jogo totalmente dominado, o Timão passou a controlar mais a posse de bola e diminuiu o ímpeto ofensivo. Principalmente porque o Atlético-MG pouco fez para levar perigo ao gol de Felipe, que quase não trabalhou.

Se o homem mais rápido da história ri tanto antes da prova, dá para imaginar seu bom humor após bater o recorde mundial dos 100m rasos e conquistar o título que lhe faltava no Mundial de Berlim. Na entrevista coletiva após a corrida, ao lado do medalhista de prata, Tyson Gay, e de Asafa Powell, que ficou com o bronze, Usain Bolt riu de tudo. Até de perguntas que não eram para ele.

- Esse é o meu jeito. Eu treino duro o ano inteiro, então posso me divertir o quanto quero e mesmo antes das provas. Mas quando a corrida começa eu me concentro totalmente. Sei exatamente o que tenho que fazer. Estou me sentindo orgulhoso de mim mesmo. Estava buscando esse título, buscando chegar à faixa dos 9s50. Ser o primeiro é especial.

Depois de baixar em 11 centésimos seu próprio recorde mundial (9s69, em Pequim), Usain Bolt diz que não conhece os próprios limites.

- Não sei quando, não quero fazer previsão sobre quando o recorde será batido. Mas tudo é possível.

Poucas horas antes da conquista, Bolt chegou a dar um susto na torcida, quando queimou a largada das semifinais. Agora, com o ouro no peito, ele pode falar sobre isso do jeito que gosta, com um sorriso no rosto:

- Eu acho que estava empolgado demais - brincou.

Chat