Fernandinho diz que Messi tem cola no pé

Postado por Suh sexta-feira, 28 de agosto de 2009 0 comentários

O jogo mais importante do ano diante do pior adversário possível. Não tinha como ser mais fácil? Não, segundo o meia Fernandinho, o Shakhtar Donetsk tinha mesmo de enfrentar o Barcelona na decisão da Supercopa da Europa, nesta sexta-feira, no estádio Louis II, em Mônaco.

O título da competição é disputado em um confronto entre o campeão da Liga dos Campeões e o da antiga Copa da Uefa (agora chamada de Liga Europa). O Barcelona chega com fama de melhor time do mundo e empurrado pelos jogadores fantásticos, principalmente por Messi. E o Shakhtar entrará em campo machucado pela eliminação precoce na fase eliminatória da Liga do Campeões (derrota para o Timisoara, da Romênia). A pressão é grande para o time de Donetsk. Tanto é que a comissão técnica antecipou a viagem, e a delegação chegou ao principado na quarta-feira passada, dois dias antes da final.

- Esse jogo é muito importante, é o jogo do ano para nós. Nossa situação depois da eliminação na Liga dos Campeões ficou ruim. Sabíamos que poderíamos ir mais longe na Champions. Tivemos azar. E agora temos que ir com tudo para cima do Barcelona. É bom, porque é um jogo que dará visibilidade ao Shakhtar. Uma final diante do Barcelona agora é a chance que temos de dar a volta por cima em grande estilo.

Fernandinho, por outro lado, reconhece que será mais difícil conquistar o título diante do Barça. Ele rende elogios ao jeito de o adversário jogar, aos jogadores e, principalmente, ao atacante Messi.

- Cara, joguei duas vezes contra ele. Perdi as duas. O cara tem cola no pé. Ele não deixa a bola fugir de jeito nenhum. Pela televisão as pessoas não sabem como ele é na verdade. Lá de dentro, é incrível vê-lo jogar. Ele é veloz com a bola e muito rápido no pensamento. Se você piscar, fica para trás. Na temporada passada, por exemplo, enfrentamos o Barcelona na fase de grupos da Liga dos Campeões. Vencíamos por 1 a 0 até o fim do jogo. Ele entrou e só não fez chover. Em cinco minutos fez dois gols e virou a partida - relembrou.

Fernandinho elogia o Pulga, mas sabe que não pode levar a admiração para o grama. Será preciso atenção, seriedade e doação para levantar o caneco.

- O Barça é o time mais forte do mundo no momento. Eles jogam dentro do campo adversário e, quando perdem a bola, fazem pressão, para recuperá-la o quanto antes. Acho que a chave da vitória está na marcação de Xavi e Keita. Não podemos deixar a saída de bola funcionar. Mas o nosso time tem muitos brasileiros. E, quando temos a bola, sabemos valorizá-la. Será interessante. E acho que a partida será bonita, com um futebol ofensivo - arriscou.


Como um circo, o Barcelona à brasileira é um clube nômade. Em menos de dez anos de existência, funcionou em Jacarepaguá, Vargem Grande e Deodoro, bairros da Zona Oeste do Rio, além de ter "estendido a sua tenda" em Cachoeiras de Macacu, interior do estado fluminense. Mas essas mudanças de endereço estão com os dias contados.

Não que o Barça tupiniquim esteja nadando em dinheiro. Porém, o primo pobre do Futbol Club Barcelona, da Espanha, entrou com um processo na Fifa reivindicando uma parcela do mecanismo de solidariedade referente à transferência do zagueiro Thiago Silva do Tombense para o Milan. É o que conta o advogado do clube carioca, Alberto Macedo. - Estamos aguardando a CBF emitir o passaporte do jogador (histórico do atleta). Com este documento, entraremos com uma representação na Fifa. Mas o Milan já foi notificado e deve ter separado o dinheiro que pertence ao Barcelona – confirmou.

O ex-zagueiro do Fluminense, que tinha os direitos econômicos pertencentes ao Tombense e a um grupo de portugueses, foi vendido ao clube italiano por 9,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 25 milhões na época) no fim do ano passado. No entanto, ele jogou pelos juniores e profissionais do Barcelona Esporte Clube por um ano - de novembro de 2000 a novembro de 2001-, como consta em documento reconhecido pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj).

De acordo com o artigo 21º do Estatuto de Transferência de Jogadores, qualquer clube que tenha contribuído para a educação e a formação de um atleta deve receber uma percentagem da compensação paga ao clube anterior. - O Milan já pagou a primeira parcela do mecanismo de solidariedade ao Juventude, Porto (Portugal), Fluminense e RS Futebol. E também terá de ressarcir o Barcelona, já que a CBF também reconheceu este clube como formador do jogador – afirmou o advogado de Thiago Silva, Marcos Motta.

Além do alívio financeiro, o vice-presidente do Barcelona sonha alto. Segundo Augusto Vieira, o Barça genérico tem tudo para se tornar uma filial do homônimo original. - Fui à Espanha em 2004 e aproveitei para conversar com alguns dirigentes do Barcelona. Eles acenaram com a possibilidade de nós virarmos uma filial no Brasil, mas isso só poderia acontecer se nós tivéssemos uma sede própria. Os espanhóis deixaram claro que não pretendiam investir em um clube que não tinha endereço fixo – lembrou o dirigente.

Apesar de torcer pelo sucesso do pupilo Thiago Silva, Augusto Vieira confessa que pretende ver o zagueiro defendendo outros clubes - além do Milan. E, embora seja vascaíno e tenha assistido a vários jogos do Fluminense no ano passado, não engrossou o coro de “Fica, Thiago” – grito que ecoava constantemente no Maracanã, nas partidas do Tricolor das Laranjeiras.

- Acho que eu fui um dos poucos fãs do Thiago Silva que ficaram chateados por ele não ter se transferido para a Inglaterra, antes da proposta do Milan. Quanto mais ele rodar, melhor para a gente – brinca.

Assim com o São Cristóvão tira uma casquinha da fama do atacante Ronaldo - como clube revelador do Fenômeno -, o Barcelona pretende se autointitular criador do "Monstro". No entanto, por enquanto, o único “patrimônio” do Barça carioca é um campo arrendado por R$ 1.000 ao mês na Vila Militar, em Deodoro, Zona Oeste do Rio. Em meio a cabritos, é ali que uma equipe de juniores treina para representar o time na Terceira Divisão do Estadual.

- Se o campeonato terminasse hoje, estaríamos classificados para a Segundona. Em três rodadas, temos uma vitória, um empate e uma derrota. E olha que, como não dispomos de estádio, mandamos nossos jogos no campo do Mesquita – analisou o vice-presidente do clube.

Além do poderio financeiro, outra diferença do Barça carioca para o gringo está no escudo.

- Nosso estudo tem um desenho do Pão de Açúcar e da bandeira do Brasil, enquanto no deles há uma cruz no lado esquerdo e as cores da Espanha à direita – comparou Augusto Vieira. Barça genérico é sustentado por oito sócios

A folha do Barcelona Esporte Clube varia de R$ 15 mil a R$ 25 mil - quando o clube está disputando alguma competição. O time é bancado por um grupo de oito amigos que dividem igualmente os custos. O único patrocinador não injeta dinheiro no clube. Trata-se de uma empresa de planos de saúde que apenas empresta ambulâncias nos dias de jogos. Todos os 30 jogadores que estão inscritos na Terceira Divisão do Carioca têm idade de juniores e recebem um salário mínimo (R$ 465). Ano após ano, a equipe se "reinventa" com uma nova leva de jovens que ainda não se profissionalizaram. Estes jovens recebem camisa, short, chuteira e almoço nos dias de jogos. Quer dizer, os garotos se alimentam mesmo é do sonho de um dia vingar no futebol como o parâmetro Thiago Silva.


Aos 37 anos e bem próximo da sua segunda despedida dos gramados, programada para o fim do Campeonato Paulista do ano que vem, Marcelinho Carioca investe em outro ramo. Totalmente adaptado à atmosfera empresarial de São Paulo, o meia do Santo André construiu um centro de treinamento em Atibaia, a 50 quilômetros da capital paulista (veja no vídeo ao lado), local que pretende administrar e receber times do Brasil e também seleções.

Com 197 mil metros quadrados, o local ainda não está totalmente pronto. Mas falta pouco para que o Centro de Excelência Marcelinho Carioca esteja no mesmo nível ou ainda melhor que centros de treinamento de muitos grandes clubes do Brasil.

– A primeira fase já foi concluída. Fizemos um campo de medidas oficiais, um outro menor, 20 suítes, uma cozinha internacional, refeitório para mais de 300 pessoas, sala de convenções – explicou Marcelinho, que inaugurou o espaço com uma clínica de futebol do Roma-ITA voltado para crianças.

A rotina de jogador ainda impede o meia do Santo André de acompanhar de perto a finalização da segunta fase de obras (estão sendo construídos salas de musculação, reunião, fisioterapia, hidroterapia, vestiários e outras 25 suítes).

– Mas sempre que pode, nas folgas, eu venho aqui. Adoro ficar na sauna e naquele catinho ali – disse o jogador, apontando para uma aconchegante varanda em meio ao verde do local.

A construção do centro Marcelinho diz ser a realização de um sonho antigo. Para chegar a esse ideal, o jogador lançou mão de toda experiência adquirida ao longo de mais de 20 anos de carreira.

- Eu já vinha pensando no que fazer quando parar de jogar futebol. Daí eu já tinha o espaço e mandei fazer o levantamento da topografia e tudo mais. Já tinha jogado no Valencia-ESP, no Ajaccio-FRA, no Al-Nassr-ARA e de todos os clubes que passei eu trouxe um pouco para cá.

Tranquilo em seu espaço, Marcelinho admitiu que as polêmicas e intrigas em que se envolveu – como com Ricardinho e Luxemburgo – foram fruto da inexperiência. - Eu tinha 22, 23 anos. Hoje tenho 37 anos e dou um ou dois passos para trás para andar dez na frente. Mas as vezes não depende de mim. Não guardo mágoas no coração – disse o jogador.

Com uma volta excepcional a dois minutos do fim da segunda sessão, Lewis Hamilton foi o mais rápido da sexta-feira de treinos livres para o GP da Bélgica, que será disputado neste domingo, em Spa-Francorchamps. O inglês da McLaren ficou apenas 16 milésimos à frente do alemão Timo Glock, da Toyota, o segundo colocado.

Apesar de uma saída de pista no fim do segundo treino, Kimi Raikkonen ficou com o terceiro tempo do dia. O finlandês da Ferrari foi 44 milésimos mais rápido que o australiano Mark Webber, da RBR, o quarto. Romain Grosjean, da Renault, que participa de seu segundo fim de semana de corrida na Fórmula 1, foi o quinto, logo à frente de Giancarlo Fisichella, da Force India, o sexto.

Os carros da Brawn GP não tiveram um bom desempenho nesta sexta-feira. Jenson Button, líder do campeonato, deu 34 voltas e marcou 1m48s125. O inglês ficou na 17ª posição, uma à frente de Rubens Barrichello, vencedor do GP da Europa, que foi apenas cinco milésimos mais lento que o companheiro. O brasileiro, aliás, usou dois modelos de capacete nesta sexta: o tradicional, laranja e azul, e o que leva as cores da equipe inglesa, que estava equipado com uma viseira antiembaçante.

Luca Badoer, que substitui Felipe Massa enquanto o brasileiro se recupera do acidente sofrido no treino classificatório para o GP da Hungria, continua decepcionando. O italiano da Ferrari ficou novamente na última posição, a mais de dois segundos do tempo de Lewis Hamilton, o melhor do dia.

O italiano da Ferrari, aliás, provocou o único incidente da segunda sessão, logo aos cinco minutos. Uma calota se soltou da roda dianteira esquerda de Luca Badoer e ficou jogada na pista. Talvez ainda por trauma do incidente de Felipe Massa na Hungria, o treino foi interrompido para que os comissários recolhessem a peça. O circuito foi liberado pouco tempo depois.

Outro detalhe desta sexta-feira é que os melhores tempos do dia foram todos registrados no segundo treino livre. Como a primeira sessão só teve meia hora de pista seca antes da forte chuva, os pilotos melhoraram suas marcas da manhã belga com muita facilidade. Apenas o trabalho das equipes ficou comprometido, pois a quilometragem foi muito menor do que tradicionalmente é percorrida no primeiro dia de atividades de pista nos GPs.

Na semana em que o Palmeiras completou 95 anos de vida, quem ganhou o presente foi a torcida alviverde. A contratação do atacante Vagner Love, revelado pelo clube e que estava no CSKA (RUS), foi fechada nesta sexta-feira. Outra boa notícia é que Obina não foi envolvido na negociação e segue no Palestra Itália. Love será o dono da camisa 9, que foi recentemente de Keirrison até acertar com o Barcelona (ESP) e depois ser cedido ao Benfica (POR). A negociação é por empréstimo até julho de 2010 e o reforço deve ser apresentado já na segunda-feira.

- Passamos a madrugada toda em negociação e foi tudo apalavrado. Falta apenas a chegada de um fax do CSKA para o Palmeiras para ele ser oficializado como reforço - informa Diogo Souza, advogado do atacante.

Vagner Love, de 25 anos, chegou ao time profissional do Verdão em 2002, no time comandado pelo técnico Jair Picerni. Sua primeira partida aconteceu no dia 1º de setembro daquele ano, na partida contra o Paraná, em Curitiba, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o Verdão acabou goleado por 5 a 1. O primeiro gol foi marcado no dia 26 de abril de 2003, no empate por 1 a 1 com o Brasiliense, em duelo realizado na Boca do Jacaré, pela Série B. Com 19 tentos, ele foi um dos destaques do time que, no final daquele ano, conseguiria o acesso para retornar à Série A no ano seguinte.

No total, foram 68 partidas pelo time profissional do Palmeiras e 49 gols marcados.. Em junho de 2004, Love acabou negociado com o CSKA, pelo então presidente Mustafá Contursi, por US$ 7,5 milhões. Ele retorna ao futebol brasileiro para mostrar ao técnico Dunga, da seleção brasileira, que tem condições de ser um dos atacantes da equipe na Copa do Mundo de 2010, que será disputada na África do Sul.

Dunga convoca Adriano

Postado por Suh quinta-feira, 20 de agosto de 2009 0 comentários

Adriano está de volta à seleção brasileira . O técnico Dunga divulgou nesta quinta-feira a lista de convocados para os jogos contra Argentina e Chile, pelas eliminatórias para a Copa de 2010, com a presença do Imperador do Flamengo .

O jogo contra os argentinos será no dia 5 de setembro, em Rosário. A partida diante dos chilenos está marcada para o dia 9 de setembro, no Estádio do Pituaçu, em Salvador.

A última vez que Adriano jogou pela seleção brasileira foi em fevereiro, na vitória por 2 a 0 sobre a Itália, em amistoso disputado em Londres. Depois disso, o Imperador chegou a ser convocado para os jogos contra Equador e Peru, pelas eliminatórias, mas não entrou em campo (ficou no banco contra os peruanos, dia 1º de abril e, depois do jogo, foi direto para o Rio de Janeiro e não se reapresentou ao Inter de Milão - semanas mais tarde, ele rescindiu seu contrato com o clube italiano).

De volta ao Flamengo, Adriano aos poucos recuperou a boa forma. Atualmente, é o artilheiro do Campeonato Brasileiro, com dez gols, ao lado de Marcelinho Paraíba, do Coritiba, e Val Baiano, do Barueri. O Imperador toma a vaga de Diego Tardelli na seleção. O atleticano havia sido convocado para o amistoso contra a Estônia, semana passada, mas ficou fora desta vez.

Outra novidade é a volta do volante Lucas à lista de convocados. O jogador, que não atuava pela seleção há quase um ano (10 de setembro de 2008, empate por 0 a 0 com a Bolívia, no Rio), vem sendo titular no Liverpool neste início de temporada europeia. Lucas entra na vaga de Kleberson, do Flamengo, que sofreu uma cirurgia no ombro.

Na lateral esquerda, Filipe Luís, do La Coruña, ganha nova chance de Dunga. O jogador, que foi convocado pela primeira vez na partida passada, contra a Estônia, porque o lesionado Marcelo foi cortado, será uma vez mais a sombra de André Santos. No gol, Victor, do, foi o chamado da vez para a reserva de Julio César. Contra a Estônia, Gomes, do Tottenham, havia sido o dono da camisa 12, mas sofreu uma lesão e ficará até seis semanas fora.

Ninguém se impressiona mais com os feitos de Usain Bolt do que os atletas que tentam acompanhá-lo nas pistas. Até mesmo os americanos, maiores rivais dos jamaicanos, se rendem à velocidade do campeão mundial. Para eles, ele não é Usain, mas "Insane" Bolt. Wallace Spearmon, medalha de bronze nos 200m, revelou após a prova que este é o apelido do campeão mundial entre os membros do time dos Estados Unidos. Uma brincadeira com o som do nome do jamaicano e a palavra "insano" em inglês. Quando Bolt soube disso, Spearmon ainda estava na área de entrevistas.

- Ei, Spearmon! É verdade que você está me chamando de "Insane"? - perguntou o jamaicano, dando risada.

O americano explicou que não conseguiu ver muito de Usain Bolt na prova.

- Foram talvez uns 2 ou 3 segundos, depois ele disparou. É como uma metralhadora.

Spearmon contou ainda sobre o que ele e Usain Bolt conversaram antes da prova:

- Nós brincamos um com o outro. Ele me perguntou se eu ia ser o segundo lugar, disse para eu tomar cuidado para não pisar na linha e ser desclassificado e tentar ficar perto dele.

Ronaldo confirmou, no início da noite desta quinta-feira, que será pai pela terceira vez. Bia Anthony está grávida, e o Fenômeno, afastado dos gramados desde o fim de julho por causa de uma cirurgia na mão, até desconversou de início, dizendo que não queria falar de sua vida pessoal.

- Todo mundo sabe que não gosto de falar da minha vida privada... e esse é um assunto pessoal, sabe...

Mas, no fim, o Fenômeno riu... e se divertiu com a situação:

- Pô, não posso mais me machucar, né... é só eu me machucar que chega um filho. Mas é uma coisa maravilhosa.

A brincadeira de Ronaldo faz um pouco de sentido. Ele soube que seria pai de Ronald em agosto de 1999. Três meses depois, operou o joelho direito pela primeira vez e ficou longe dos gramados mais de seis meses. A confirmação de que Bia Anthony estava grávida de Maria Sophia veio em março de 2008, semanas após uma cirurgia no joelho esquerdo que o atacante teve de fazer quando defendia o Milan.

Botafogo perde para o Santo André

Postado por Suh quarta-feira, 19 de agosto de 2009 0 comentários

O Botafogo encarava a partida contra o Santo André como o que poderia marcar as pazes com a Engenhão e o início da recuperação no Campeonato Brasileiro. Mas foi o time paulista, que ocupava a zona de rebaixamento e não vencia há oito partidas, que saiu de campo com os três pontos, fazendo 2 a 1, nesta quarta-feira, em jogo válido pela 20ª rodada. A torcida, revoltada, gritou “time de m...”. O Alvinegro chegou à terceira derrota em oito partidas em seu estádio. São apenas três vitórias e dois empates.

Com o resultado, o Santo André chegou aos 21 pontos na classificação, deixou a zona da degola e passou o Botafogo na classificação. A equipe de Estevam Soares, por outro lado, pode dormir na zona de rebaixamento, caso o Coritiba não perca para o Palmeiras, ainda nesta quarta-feira. Na próxima rodada, o time paulista recebe o Coxa, e o Alvinegro vai ao Pacaembu para enfrentar o Corinthians, no domingo.

Nem parecia que o Botafogo disputava uma partida considerada como chave para seu desempenho no Campeonato Brasileiro. Mas o Santo André, sim. Enquanto o time da casa mostrava displicência, os paulistas aproveitavam de sua velocidade e da fraca marcação adversária para surpreender.

E foi assim que o Santo André abriu o placar, logo aos quatro minutos de partida. Numa jogada rápida pela direita, Cicinho avançou e tocou para Júnior Dutra, que recebeu no meio e, sem ser incomodado, driblou e tocou na saída de Flávio, fazendo 1 a 0.

Embora ainda apoiando, a torcida do Botafogo passou a vaiar Emerson, que tentava ajudar o ataque com algumas subidas pela direita. Mas o Alvinegro não conseguia construir qualquer jogada, e o Santo André apenas esperava um erro para sair em contra-ataque. Dessa forma os paulistas ampliaram, aos 15 minutos, quando Juninho perdeu uma bola em seu campo defensivo uma bola para Júnior Dutra, que avançou pela direita e apenas tocou para Nunes, que completou para a rede.

A partir de então, o capitão e ídolo dos alvinegros foi a vítima das vaias, que também se estenderam a Eduardo. A paciência dos torcedores acabou, e a de Estevam Soares também. Aos 17 minutos o treinador gritou para que todos os reservas fossem para o aquecimento.

Dentro das quatro linhas, a torcida gritava raça e exigia atitude de um time que mostrava pouca coordenação em campo. O Santo André permanecia com 11 jogadores em seu campo defensivo, esperando mais um erro do Botafogo para buscar mais um gol. Mas apesar da falta de objetividade, o Alvinegro conseguiu diminuir a diferença no fim do primeiro tempo.

André Lima subiu para dominar uma bola levantada na área e levou um tranco de Vinícius Orlando. O árbitro não teve dúvidas em marcar o pênalti. Como Lucio Flavio, cobrador oficial, cumpria suspensão, coube ao atacante a cobrança. Ao contrário do que aconteceu na derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR, ele cobrou com precisão no canto direito de Neneca, fazendo 2 a 1 aos 41 minutos.

O Botafogo voltou para o segundo tempo com Reinaldo no lugar de Jônatas. O atacante atuou um pouco mais recuado, mas chegando à frente para combinar jogadas com a dupla ofensiva. O Alvinegro mostrou mais vontade e chegou com perigo nos primeiros minutos. Victor Simões, de cabeça, exigiu boa defesa de Neneca. Em seguida, Batista desperdiçou boa oportunidade dentro da grande área.

Mas com o passar dos minutos, o clima de desespero começou a ficar claro. O Botafogo deixou de lado o toque de bola e passou a apostar nas bolas altas na área. O Santo André se fechava à frente de sua área e tirava as bolas da maneira que podia. E quando construiu uma jogada pelo chão, o Alvinegro ganhou uma vantagem importante aos 26 minutos, depois que Vinícius Orlando cometeu falta em André Lima e foi expulso, após receber o segundo cartão amarelo.

No entanto, o fato de ter um jogador a mais não foi aproveitado pelo Botafogo. A equipe seguiu errando muitos passes, não conseguindo chegar com perigo ao gol do Santo André. Nas poucas vezes que isso aconteceu, o goleiro Neneca apareceu bem.

Depois de cinco jogos sem vencer no Brasileirão, o Vitória voltou a fazer as pazes com a sua torcida e bateu o Atlético-PR por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Barradão, pela 20ª rodada. Ramon - que chegou a 94 gols em campeonatos brasileiros -, e Neto Berola marcaram para o Leão, enquanto Wallyson descontou para o Furacão, que conheceu a sua primeira derrota após quatro partidas sob o comando de Antônio Lopes.

Na próxima rodada, o Vitória encara o Sport, sábado, na Ilha do Retiro, às 18h30m, enquanto o Atlético-PR recebe o São Paulo, domingo, às 16h, na Arena da Baixada.

Com menos de dez minutos, o Atlético-PR teve dois lances de perigo, pelo lado direito. Paulo Baier cobrou faltas para a área, e a zaga baiana afastou o perigo. O Vitória respondeu com um chute de Ramon, de fora da área, assustando o goleiro Galatto. Na sequência, o árbitro Wilson Souza Mendonça foi até a área técnica do Atlético-PR e pediu para que o treinador Antônio Lopes retirasse o seu blazer preto, que estaria confundindo com a camisa dos jogadores do Vitória.

Até os 15, a partida estava estudada, o Furacão rodava a bola, enquanto o Leão insistia pelo meio. Em uma descida do Atlético-PR pela esquerda, com Marcinho, Paulo Baier recebeu na intermediária e deixou com Wesley. O meia dominou e chutou forte, de fora da área, assustando o arqueiro Gléguer. Os baianos tentaram responder aos 20, mas o chute de Willian saiu sobre a meta de Galatto.

As equipes pouco criavam, e os erros de passe eram muitos. Aos 29, em mais um contra-ataque paranaense, mais uma vez Wesley chutou de longe, sobre o gol de Gléguer. A maior posse de bola dos anfitriões não era sinônimo de eficiência até os 31, quando o veterano Ramon abriu o placar. Willian desceu pela esquerda e rolou para a entrada da área, o meio-campo de 37 anos pegou de primeira, uma bomba, sem chance para Galatto - este foi o 94º gol dele em Brasileiros.

Rei da banheira no primeiro turno, com 28 impedimentos, Roger desta vez recebeu em posição legal, girou, mas chutou fraquinho, aos 35. Antes, em uma tentativa de ataque do Furacão, Marcinho recebia em posição legal, na área, mas a arbitragem vacilou e marcou impedimento inexistente. Antes do fim da primeira etapa, em um lance com Nei, Willian sentiu a coxa e foi substituído por Neto Berola, no Vitória. Nos descontos, Roger recebeu na área, cortou o colombiano Valencia, e finalizou. Nei apareceu cortando para escanteio.

Na volta do intervalo, o técnico Antônio Lopes fez duas alterações. Tirou o inoperante Zulo para a entrada de Gabriel Pimba, enquanto Marcinho cedeu o posto para Wallyson. Dois jogadores de velocidade para tentar dar mais dinâmica ao ataque do Furacão. E, aos quatro minutos, a alteração fez efeito. Wallyson aproveitou a bobeira do zagueiro Marcos Aurélio, roubou e escorou na saída de Gléguer, empatando para o Atlético-PR.

A maneira de jogar do Furacão não mudou. O Vitória tomava a iniciativa, e a equipe paranaense tentava encaixar os contra-ataques, forçando o erro do adversário. Aos nove, Ramon cobrou falta perigosa, e Galatto espalmou. Aos 17, Neto Berola chutou da entrada da área, e Galatto afastou para escanteio. O arqueiro atleticano começava a se transformar na maior figura em campo.

De tanto insistir, o Vitória desempatou, aos 23. O vaiado Roger descolou excelete passe para Neto Berola, na área, que bateu de chapa, no canto de Galatto. A situação do Atlético-PR piorou quando Nei foi expulso, aos 27. O lateral, que já tinha cartão amarelo, impediu a progressão de Roger e foi para o chuveiro mais cedo. A pressão baiana não parou. Aos 32, Roger chutou e Galatto não segurou, No bate-rebate, o ataque do Leão tentou ampliar, mas a defesa afastou para escanteio.

Dos 35 em diante, o Vitória diminuiu o ritmo, e o Atlético-PR correu atrás do empate. Quem contra-atacava agora era a equipe baiana, que tinha Elkeson na vaga de Roger, que saiu sob um misto de Vaias e aplausos. Fransérgio substituiu Márcio Azevedo, apagado na lateral esquerda do Furacão. Faltando poucos minutos para o fim, Carlos Alberto substituiu o veterano Ramon, que saiu aplaudido de campo e cumprimentou o técnico Vágner Mancini, que em sua primeira passagem pelo Vitória teve problemas com o meio-campo.

No confronto entre o mandante bonzinho e o convidado educado, melhor para o time da casa. O Santos venceu o Grêmio por 1 a 0, gol de Paulo Henrique Ganso, e foi a 28 pontos, igualando-se ao próprio tricolor, que leva a melhor por ter uma vitória a mais. O time da Vila ocupa momentaneamente o décimo lugar. Já a equipe gaúcha está em sétimo.

Essa foi apenas a quarta vitória santista em nove jogos na Vila Belmiro neste Brasileirão. O time não vencia em seus domínios desde o dia 22 de julho, quando bateu o Atlético-PR. Já o Grêmio continua sem conseguir vencer fora. Em dez jogos, oito derrotas e dois empates.

O Santos volta a jogar no domingo, contra o Goiás, às 18h30m (horário de Brasília), no Serra Dourada. Já o Grêmio, no mesmo dia, mas as 16h, recebe o Atlético-MG, no Olímpico.

O primeiro tempo de Santos e Grêmio foi um castigo para os torcedores que foram à Vila Belmiro nesta quarta-feira à noite. Um jogo sofrível. O Santos tentava construir jogadas, mas não tinha criatividade para superar a marcação gremista, que, por sua vez, pegava muito forte no meio, mas não conseguia trocar passes na frente.

Dessa forma, o jogo ficou amarrado no meio-de-campo até os 29 minutos, quando Jonas tentou quebrar a monotonia com um chute de fora da área. Felipe espalmou para escanteio com dificuldades.

O Santos insistia pelo lado direito, já que, na esquerda, o volante Pará, improvisado na ala, tinha dificuldades para cruzar. Pela direita, George Lucas chegava com mais liberdade, chegou a acertar alguns cruzamentos, mas Kléber Pereira, perdido no meio dos zagueiros gremistas, não conseguia sequer encostar na bola.

Mesmo jogando mal, o Peixe tomava a iniciativa e chegou até a abrir o placar. Aos 31, Madson cruzou da direita. Germano tentou desviar, mas a bola entrou direto. A arbitragem, porém, anulou o gol alegando impedimento do volante santista, que estava em posição regular.


Se o juiz atrapalhou aos 31, aos 35 faltou foi categoria para Kléber Pereira. Paulo Henrique Ganso cruzou da direita, Rafael Marques tentou afastar e mandou no travessão. A bola voltou para o atacante santista, que tentou um voleio. Mas, desengonçado, pegou muito mal e mandou por cima.

O segundo tempo foi um pouco mais movimentado. Graças principalmente ao fato de o Peixe ter adotado uma postura mais ofensiva. Com Neymar em campo (ele entrou no lugar de Germano), o Peixe ganhou maior mobilidade no ataque e empurrou o Grêmio para trás. Logo aos 6, o garoto santista invadiu a área fazendo fila e quase marcou um golaço, quando chutou rasteiro. Victor defendeu.

O Grêmio se armou para tentar puxar contra-ataques, mas a defesa santista, bem posicionada, não dava chances.

À medida que o tempo ia passando, o time santista começava a se enervar. Com campanha ruim como mandante no primeiro turno, o Peixe planejava começar a mudar isso na primeira rodada do returno. Mas faltou acertar os passes. A equipe dominou a posse de bola, conseguiu chegar à área gremista, mas na hora do passe final, faltou capricho.

Quando o passe saiu, saiu também o gol. Aos 34, George Lucas acertou bom cruzamento da direita, na cabeça de Paulo Henrique Ganso, que entrava pelo meio. O golpe saiu certeiro, com força, sem chances para Victor.

Ao levar o gol, o Grêmio tentou sair desordenadamente, dando espaços para o Peixe atacar. Aos 41, Rafael Marques fez falta dura em Neymar e foi expulso. Com um jogador a mais, o Peixe tratou de segurar o ímpeto do Grêmio, mas teve muito trabalho. O time gaúcho deixou a cautela de lado e se lançou com tudo para a frente. Até o goleiro Victor foi ao ataque nos últimos minutos para tentar o empate. Mas não deu.

Com a justificativa de dar ao torcedor a chance de ver o Atlético-MG brigar pelo título do Campeonato Brasileiro, o presidente do clube, Alexande Kalil, recusou uma proposta do Saint-Etienne, da França, por Diego Tardelli. Segundo a assessoria de imprensa do Galo, os franceses ofereceram € 9 milhões (R$ 23,6 milhões) pelo atacante, que estreou na seleção brasileira no amistoso contra a Estônia, semana passada. Quem intermediou a oferta foi o procurador de Tardelli, Giuliano Bertoluci.

Kalil sequer se interessou em marcar um encontro para tratar do assunto. Nesta terça, durante o anúncio de um novo acordo comercial para o Atlético, o dirigente ratificou a intenção de não negociar Diego Tardelli até o fim do Nacional, algo que o próprio jogador pediu ao mandatário.

- Tivemos propostas, mas não só da França. O mundo está interessado no Diego Tardelli. Temos um compromisso com a torcida de segurar o jogador. Vou cumprir. O ano que vem, provavelmente, eu venda, porque tenho de viabilizar o Atlético para o fim do meu mandato (em 2011). Mas, este ano, eu ainda não desci da arquibancada. Quero ficar lá e dar uma oportunidade para que o Atlético brigue para ser campeão – disse.

O dirigente ressaltou que não vê a hora de o período de transferências para o exterior chegar ao fim, em 31 de agosto.

- Estou alucinado para acabar essa janela. Vamos fazer um sacrifício. Cabe ao presidente dar uma chance ao clube de chegar. Essa chance eu quero dar ao Atlético este ano – afirmou.

O ritual se repetiu. Ele fez graça para as câmeras, brincou com o público no estádio, venceu a prova com tranquilidade e depois parou para mais uma das frases que o mundo inteiro espera para ouvir de Usain Bolt. Após se classificar para a final dos 200m com o melhor tempo, mesmo sem forçar, o velocista jamaicano deu uma dica do que pode se esperar dele na final desta quinta-feira.

- Eu estou sempre motivado porque quero ser uma lenda. Estou trabalhando nisso.

O jamaicano diz que ainda não planejou nada para o dia do seu aniversário de 23 anos, sexta-feira, mas ao menos um presente ele já ganhou: um dia de folga, pois não precisará correr as eliminatórias do revezamento 4x100m.

- Eu não pensei em nenhuma festa. Vou tirar o dia para mim mesmo, mas não posso fazer muita coisa porque a final do revezamento 4x100m é no sábado. Ao menos não vou precisar competir na sexta. Mas não estou muito interessado em passear como turista. Geralmente fico no meu quarto jogando vídeo game, jogos de futebol no vídeo game.

Bolt então olhou para um aparelho de TV na sala de entrevistas que exibia imagens da bateria seguinte das semifinais, interrompeu o que dizia e falou:

- Agora vamos assistir à corrida.

O recordista mundial dos 100m e dos 200m então virou um torcedor, à espera de um bom resultado do compatriota Steve Mullings, que acabou também se classificando com o segundo lugar da série. No fim, porém, quando Mullings segurou um pouco as passadas e reduziu o ritmo, Bolt não gostou.

- Por que ele está fazendo isso? Por quê?

Em seguida, o jamaicano voltou à entrevista e mais uma vez não prometeu recorde.

- Vou entrar para fazer o melhor, como sempre. Mas eu não tenho feito o mesmo esforço nos 200m do que nos 100m, apesar de estar me sentindo bem melhor do que na véspera.

Por último, Usain Bolt lamentou a ausência do americano Tyson Gay na disputa dos 200m.

- Fico decepcionado que ele não esteja, seria bom competir contra ele, mas tenho que pensar somente em mim. Espero que ele possa estar de volta para que a gente se enfrente depois do Mundial.

Reviravolta no Flamengo

Postado por Suh terça-feira, 18 de agosto de 2009 0 comentários

A transferência do atacante Emerson para o Al-Ahli, dos Emirados Árabes, ganhou uma reviravolta na tarde desta terça-feira. O Flamengo anunciou oficialmente a recusa da proposta do clube, mesmo contra a vontade do atleta e depois de ter dado a palavra ao jogador. Ao saber da decisão, Emerson se mostrou surpreso e desapontado.

Segundo o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, o valor oferecido pelo clube árabe não foi suficiente para o interesse do Flamengo.

- Espero que ele entenda nossa decisão de mantê-lo. O Emerson é um jogador experiente e diferenciado. O departamento de futebol entendeu que o valor oferecido de 2 milhões de euros (cerca de R$ 5,2 milhões) não satisfaz os interesses do clube - disse Braz.

Na tarde desta terça, ainda sem saber da decisão do clube, o atacante treinou normalmente, pensando fazer nesta quinta-feira, contra o Cruzeiro, no Maracanã, o jogo que seria da despedida.

Contratado em março deste ano depois de 11 temporadas entre Japão, Qatar e França, Emerson conquistou a torcida rubro-negra logo na apresentação ao chorar com a oportunidade de atuar no clube do coração. O passo seguinte foi reforçar o carinho dentro de campo. Autor de dez gols em 24 jogos, ele ganhou elogios por sua disposição, técnica e oportunismo em momentos importantes no Brasileiro.

Após a primeira investida do Al-Ahli, há dez dias, a torcida o fez chorar no Maracanã ao gritar “Fica, Emerson”. A resposta foi adiada, e ele chegou a decidir que permaneceria. Mas os persistentes árabes aumentaram a oferta e o convenceram a sair. Ele pensou no futuro dos três filhos: Kevin, Henry e Emerson Filho.

Com a mudança de planos do Flamengo, o jogador vai embolsar no clube carioca o equivalente a 17% dos R$ 17 milhões (US$ 9 milhões) por dois anos de contrato nos Emirados Árabes, o equivalente a US$ 1,53 milhão (R$ 2,8 milhões).

A contratação de Matías Defederico pelo Corinthians virou polêmica na Argentina. O presidente do Huracán, Carlos Babington, afirmou que o clube não vai liberar o meia, mas o jogador disse nesta terça que chegará na quarta-feira ao Brasil e que até já se despediu dos companheiros. Ele deve ser apresentado pelo Timão um dia depois.

Segundo Babington, o Huracán deseja negociar o argentino somente no final do ano, quando Defederico “poderá valer o dobro”. Mas, empolgado por jogar a Libertadores com Ronaldo, o meia nem pensa na possibilidade de continuar no Huracán.

- Não sou um traidor, nem faltei com minha palavra. As coisas não estão boas para que eu fique mais seis meses. Qualquer jogador faria o mesmo. Tenho a oportunidade de crescer como jogador e ajudar minha família economicamente. Vou jogar a Libertadores, ao lado de Ronaldo... Amanhã (quarta) de manhã vou para o Brasil – afirmou o meia, de 20 anos, à rádio La Red.

Defederico reclamou que o Huracán não montou uma equipe capaz de brigar pelo título na Argentina, como os dirigentes haviam lhe prometido.

- Falta uma semana para começar o campeonato e não temos um time formado. É verdade que falei que ficaria aqui, com a ideia de brigar pelo título. Mas o Huracán não tem chances neste semestre – disse.

O meia criticou ainda o técnico Angel Cappa. Segundo Defederico, o treinador não precisa ser informado de que está trocando o clube pelo Corinthians.

- Não ligarei para ele esta noite porque ele não sabe nada. Já disse aos meus companheiros que este foi meu último treino – concluiu o argentino, que trabalhou com o Huracán nesta terça

Em uma entrevista coletiva concorrida como há muito tempo não se via no CT da Barra Funda, o goleiro e capitão do São Paulo Rogério Ceni falou sobre sua volta aos gramados. Durante os 45 minutos em que conversou com os jornalistas, o camisa 1 falou sobre a ansiedade, os momentos difíceis que passou, a reação da equipe na temporada, o técnico Ricardo Gomes e o futuro. Veja abaixo os principais trechos da entrevista.

Aos 36 anos, foi um momento muito difícil porque nunca havia ficado tanto tempo parado. Tive uma fratura, e os ligamentos foram arrancados. Hoje estou muito feliz porque treinei, fiz todos os movimentos que acontecem dentro de uma partida de futebol e não senti absolutamente nada. Estou supertranquilo e confiante.

Quando me machuquei, o meu site oficial recebeu 4.500 mensagens de torcedores. Sem dúvida, foi o que mais motivou a trabalhar forte todos os dias, muitas vezes chegando a nove, dez horas por dia. No dia a dia, todos os jogadores foram fantásticos comigo. Muitos deles fizeram questão de passar todos os dias na fisioterapia para perguntar se havia uma mínima melhora. As minhas filhas, Clara e Beatriz, são grande parte da força que tive na recuperação. Elas, com quatro anos de idade, começam a entender um pouco das coisas e perceberam tudo o que eu passei. Gostaria que elas pudessem ver a história de tudo que eu construí pessoalmente e não em vídeo. Espero que elas possam ver o pai campeão novamente.

Comecei a trabalhar no campo há seis semanas. Na primeira e na segunda, foram apenas dois dias e o resto na fisioterapia. Há duas semanas e meia, comecei a trabalhar mais forte. Nos últimos 17 dias, trabalhei todos os dias em dois períodos. Antes da partida contra o Goiás, fiz um coletivo e não me senti bem. Faltou firmeza nos movimentos. Na semana seguinte, fiz um novo jogo-treino e havia melhorado 50%. No sábado anterior ao jogo contra o Sport, percebi que já era possível arriscar a volta. Mas, conversando com o Ricardo Gomes, preferimos esperar porque me sentia muito cansado. Além do mais, a viagem longa até Recife poderia inchar o tornozelo. Agora, estou me sentindo muito bem. Fiz questão de treinar nesta terça-feira no campo molhado, que é como devemos atuar na quarta, contra o Fluminense. Agora é entrar e jogar.

Foi muito ruim, porque você quer fazer as coisas, quer ajudar, mas não consegue porque não tem condições. Eu tenho a consciência tranquila de que fiz o que podia fazer. Nos jogos do Morumbi, fiz questão de estar sempre presente. Quando a partida era fora, não dava porque atrapalharia a recuperação. Mas no jogo da Libertadores, especificamente, o Cruzeiro foi superior, principalmente no jogo do Morumbi.

É muito bom poder voltar em um time que vem de seis vitórias consecutivas. Seria ruim voltar se o time não estivesse numa condição a que está acostumado. Estamos com uma perspectiva boa. O time soube reagir e isso me deixa muito feliz. Não vivemos um bom momento no primeiro semestre. Acabamos eliminados no Campeonato Paulista e na Taça Libertadores. No início do Campeonato Brasileiro, nas primeiras dez rodadas, vencemos apenas dois jogos e houve a mudança do treinador. O Ricardo com uma nova filosofia, conseguiu motivar o elenco, que voltou a vencer as partidas.

Cada treinador tem o seu estilo de trabalho e a gente não pode creditar o sucesso ao Ricardo e traçar um comparativo ao Muricy para desmerecê-lo. Ele é um cara competente, trabalhador, que sempre lutou muito pelo grupo. O time não rendeu, e a diretoria resolveu trocar. Ponto final. Não tenho nada a reclamar do Muricy, só tenho a elogiar. O Ricardo chegou e mudou. Ele é um perfil diferente, e isso motivou os atletas.

Muita gente diz que sou o líder, mas não me sinto assim. É uma situação normal pelo longo tempo que tenho de clube. Mas existem outros jogadores que também cumprem a função de falar, orientar com muita correção. O André Dias foi muito bem como capitão. Outros que não usaram a tarja, como o Richarlyson, o Hernanes e o Washington, ajudaram bastante. Ninguém é insubstituível. Não sou líder e nem um craque. Sou parte de um grupo que luta para ser campeão brasileiro. Você pode contratar o melhor jogador do mundo. Se o grupo não estiver unido e não trabalhar como equipe, você não vai ganhar nada.

Ansioso não, porque a partida só começa às 21h50m de amanhã. Mas tem um frio na barriga, até por tudo que passei para poder voltar a ficar em condições. O dia em que eu não sentir mais isso, é porque tenho de parar de jogar futebol.

Sharapova fará jogo-exibição no Brasil

Postado por Suh segunda-feira, 17 de agosto de 2009 0 comentários

Boa notícia para os fãs brasileiros de Maria Sharapova. De acordo com a imprensa chilena, a musa russa fará uma série de três jogos-exibições pela América do Sul no fim do ano e desembarcará no Brasil em 3 de dezembro.

De acordo com o jornal chileno “El Economista”, Sharapova chegará ao Chile em 30 de novembro e enfrentará a argentina Gisela Dulko em 2 de dezembro para, em seguida, viajar ao Brasil.

A adversária e o local que a russa jogará ainda não foram definidos, segundo a publicação.

Anna Rogowska chegou a Berlim em busca de uma medalha de prata ou bronze. O ouro já tinha dona, já que a russa Yelena Isinbayeva parecia imbatível. Na verdade, Rogowska até tinha superado a recordista mundial recentemente, mas em um Grand Prix, em Londres, e a ideia de repetir a dose sequer tinha passado pela cabeça da polonesa.

- Se alguém tivesse me dito pela manhã que eu ganharia a medalha de ouro, eu teria rido. A surpresa quando Isinbayeva bateu no sarrafo foi imensa. Eu até agora não acredito que venci. Talvez amanhã eu vá entender o que aconteceu. Eu vim aqui sonhando com a prata, o ouro foi uma grande surpresa para mim.

A festa polonesa foi maior ainda por conta da medalha de prata de Monika Pyrek, empatada com a americana Chelsea Johnson.

- Vai ser uma festa muito grande na Polônia. Foi incrível. Um dia, eu cheguei a pensar em como seria legal se duas polonesas subissem ao pódio no Campeonato Mundial. Mas era só um sonho. Agora é realidade.

Rogowska disse ter estabelecido três metas para alcançar este ano: vencer o Campeonato Polonês, ganhar uma medalha no Mundial de Berlim e bater o recorde nacional de seu país. Os dois primeiros ela conseguiu, indo até mais longe do que o esperado. Mas ela ainda não esqueceu do último.

- Eu quero bater o recorde do meu país. Esse é o meu novo objetivo.

O técnico Vanderlei Luxemburgo, do Santos, saiu em defesa do volante Emerson e garante que é mentira que o reforço santista foi visto saindo carregado de uma boate de Santos no último final de semana, conforme chegou a ser noticiado por alguns veículos. Segundo Luxa, essas acusações partiram de evangélicos que apoiam a permanência de Roberto Brum no elenco.

Brum foi afastado por Luxemburgo por indisciplina (ele levou um cartão amarelo contra o Flamengo porque demorou a deixar o campo, quando estava sendo substituído, para discutir com a arbitragem). O afastamento serviu também para que fosse aberto espaço para Emerson, contratado para ser titular, mas que ainda precisa se recondicionar.


- Isso que estão falando é mentira. O próprio Emerson já avisou que quer falar comigo para explicar o que aconteceu. Tenho certeza que não foi nada. Já me falaram que as pessoas que avisaram os jornalistas (sobre a saída de Emerson da boate) são evangélicos favoráveis ao Brum - afirmou Luxa nesta segunda-feira, em entrevista à rádio Bandeirantes.

Emerson já participou de um treinamento coletivo, mas mostrou que ainda precisará de algum tempo mais para ter condições de jogo. Roberto Brum segue treinando separadamente à espera de uma proposta para continuar jogando. Ele tem contrato com o Peixe até dezembro de 2010 e será emprestado.

Matías Defederico está de malas prontas. O meia-atacante argentino confirmou nesta segunda-feira que quarta ou quinta desembarcará na cidade de São Paulo para realizar os exames médicos e assinar contrato de quatro anos com o Corinthians. O clube alvinegro espera a chegada do jogador para anunciar oficialmente sua contratação.

Aos 20 anos, Defederico está bastante empolgado com a possibilidade de atuar ao lado de Ronaldo. A promessa argentina, aliás, confirmou que o fato de disputar uma Libertadores no mesmo time do Fenômeno pesou muito na sua decisão de trocar o Huracán pelo Timão. O craque ainda não renovou para 2010, mas isso deve acontecer.

Emerson pensou, balançou. Chegou a exercitar o “fico” em seus pensamentos. Mas os árabes e o futuro da família não deixaram-no permanecer no Flamengo. Embora o clube ainda não tenha anunciado oficialmente, o Sheik será vendido ao Al-Ahli, dos Emirados Árabes.

O valor da transferência não foi divulgado, mas dificilmente ultrapassará a casa dos US$ 3 milhões (R$ 5,5 milhões). Apesar de abaixo da multa rescisória (quase R$ 16 milhões), o Rubro-Negro entendeu que não poderia atrapalhar a vida do jogador.

Contratado em março deste ano depois de 11 temporadas entre Japão, Qatar e França, Emerson conquistou a torcida logo na apresentação ao chorar com a oportunidade de atuar no clube do coração. O passo seguinte foi reforçar o carinho dentro de campo. Autor de dez gols em 24 jogos, ele ganhou elogios por sua disposição, técnica e oportunismo em momentos importantes no Brasileiro.

Após a primeira investida do Al-Ahli, há dez dias, a torcida o fez chorar no Maracanã ao gritar “Fica, Emerson”. A resposta foi adiada, e ele chegou a decidir que permaneceria. Mas os persistentes árabes aumentaram a oferta de R$ 12,5 milhões por dois anos de contrato e o convenceram a sair. Ele pensou no futuro dos três filhos: Kevin, Henry e Emerson Filho.

A ideia é se despedir do Flamengo na partida de quinta-feira contra o Cruzeiro, no Maracanã. Nesta segunda, ele foi à Gávea e, visivelmente abatido, cumprimentou integrantes da comissão técnica e comunicou a decisão.

Na nova equipe, o atacante disputará o Campeonato Mundial Interclubes, em dezembro, em Abu Dahbi. Admirador do futebol do Sheik, Andrade deve efetivar Denis Marques ao lado de Adriano nos próximos jogos.

Uma cena lamentável marcou o clássico argentino na categoria sub-14 entre Boca Júniors e River Plate. O jogo chegava nos minutos finais quando os pequenos jogadores, de ambas as equipes, trocaram socos e pontapés e alguns saíram sangrando do gramado durante uma briga que durou pouco mais de meio minuto.

O jogo estava 2 a 1 para o Boca e corria normalmente quando o juiz Fernando Broin marcou um pênalti para o River, já nos acréscimos do segundo tempo. O treinador Roberto Pompei, do Boca, invadiu o gramado e foi discutir com o árbitro. Não demorou para que algumas trocas de empurrões terminassem com um soco no atacante que sofreu a penalidade e começasse toda a confusão.

- Houve um soco de um jogador do Boca mas a reação dos nossos atletas não se justifica – disse Ricardo De Angeli, treinador do River Plate.

Os cerca de 600 torcedores que se encontravam no estádio ajudaram a esquentar ainda mais o clima gritando palavras de incentivo a agressão. O saldo da confusão foram quatro adolescentes machucados, sete expulsos e a suspensão do treinador Pompei, que começou toda a confusão.

- Não é legal que se passem este tipo de coisas nesta idade. Vamos avaliar o acorrido com as pessoas que estavam no local – comentou o presidente do Boca Juniors Jorge Ameal.

Na dança das cadeiras da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, o Grêmio deu um “chega pra lá” no Flamengo para fechar o primeiro turno em um lugar mais confortável, com boa vista para a zona de classificação para a Libertadores da América. O Tricolor aproveitou a força do Olímpico, onde não perde há quase um ano, e goleou o Rubro-Negro por 4 a 1. Os gols dos gaúchos foram marcados por Perea, Réver e Jonas, duas vezes, mas quem brilhou mesmo foi o goleiro Victor. Everton fez para os cariocas.

Com o resultado, o Grêmio subiu na tabela, ultrapassando o próprio Flamengo. A equipe de Paulo Autuori subiu para 28 pontos, na sétima colocação. O time de Andrade, estacionado nos 27, caiu para décimo.

As duas equipes voltam a campo no meio da semana. Na quarta-feira, o Grêmio visita o Santos, na Vila Belmiro. Na quinta, o Flamengo recebe o Cruzeiro, no Mineirão.

Cada aplauso que o goleiro Victor recebeu ao sair de campo no primeiro tempo foi justificado. Por culpa dele, Adriano deixou de ser artilheiro para virar garçom. O Imperador rubro-negro bem que tentou fazer o que mais sabe, mas balançar a rede tricolor se tornou uma tarefa quase sobre-humana nos 45 minutos iniciais. O ídolo gremista fechou o gol. Só não pegou uma. E faltou pouco para agarrar até essa.

O Flamengo foi melhor no primeiro tempo. A superioridade carioca foi resultado direto do rendimento das duas equipes no meio-de-campo. No lado tricolor, Túlio não funcionou como auxiliar de Douglas Costa na articulação e Réver, como primeiro volante, não teve a mesma eficiência de quando é zagueiro. No Rubro-Negro, Fierro foi apenas regular, mas Lenon jogou como se fosse titular do Flamengo há décadas. Willians incomodou Douglas Costa o tempo todo. Com boas saídas também pelas laterais, o time de Andrade impediu o Grêmio de anular o acesso a Adriano. E aí esteve um problema dos grandes para a equipe gaúcha.

O Grêmio saiu na frente em um momento comovente para os tricolores. Aos 15 minutos, Jadilson cruzou da esquerda e Perea, de cabeça, fez 1 a 0. O colombiano não marcava um gol desde agosto do ano passado. Ele passou a temporada lesionado, quase esquecido. No momento em que viu a bola entrar no gol de Bruno, o jogador saiu correndo feito criança. Era o renascimento dele. Não foi por acaso que quase todos os jogadores do Grêmio correram para abraçar o gringo.

A vantagem azul durou dez minutos. Aos 25, o Flamengo empatou em linda assistência de Adriano. Cercado pela zaga tricolor, o centroavante rolou para Everton, na esquerda. O chute cruzado desviou nas mãos do goleiro Victor. A bola rumou mansa para dentro do gol, quase em câmera lenta. O Fla alcançava uma igualdade que só não virou vantagem no primeiro tempo porque Victor, a partir dali, pegou todas.

Aos 33 minutos, a bola chegaria ao pé de Adriano, e o Flamengo viraria o jogo se Victor não antevisse a jogada e abafasse o cruzamento. Aos 35, teve muito gremista fechando os olhos para não ver a concretização de um lance que tinha cara de festa rubro-negra. O Imperador passou fácil pela zaga gremista e ficou cara a cara com Victor. Era o centroavante contra o goleiro. E o goleiro ganhou. Milagre.

O lance do gol de Everton não foi o único momento de garçom de Adriano. Com 42 minutos, o camisa 9 deu passe de primeira, daqueles que só os craques fazem, para Emerson. O Sheik entrou livre para marcar. E Victor pegou mais uma.

A torcida gremista resmungou da arbitragem. Pediu toque de Ronaldo Angelim dentro da área e reclamou de faltas não-marcadas. Réver, de cabeça, quase marcou aos 41 minutos. A bola passou muito perto da trave de Bruno.

Bruno tentou imitar Victor no segundo tempo. Com o Grêmio no abafa, o goleiro flamenguista também fez defesas de cair o queixo. Aos quatro minutos, abafou a boa jogada de Jonas. O lance rendeu escanteio, que terminou em cabeceio forte de Rafael Marques. Bruno espalmou.

Mas não se pode pegar todas, como também aconteceu com Victor no primeiro tempo. Aos 12 minutos, o zagueiro/volante Réver tabelou com Douglas Costa, avançou com dribles e mandou a pancada. A bola passou por baixo de Bruno para colocar o Grêmio novamente em vantagem. Uma falha e tanto.

O Grêmio tentou seguir no ataque para evitar a pressão do Flamengo, mas foi impossível impedir novas chances para o adversário. Victor voltou a brilhar. Pegou uma pancada de Adriano e um chute colocado de Emerson. No ataque, o Tricolor ainda conseguiu fazer o terceiro. Perea foi derrubado por Aírton aos 35 minutos. Pênalti. A torcida gritou o nome de Victor antes e depois de Jonas cobrar e fazer. Um minuto depois, David derrubou Joílson dentro da área. Outro pênalti e novo pedido para o camisa 1 ir ao ataque. Não foi. Jonas bateu forte no centro do gol e fez o quarto. Em um jogo com cinco gols e boas alternativas ofensivas, o craque vestiu luvas.

Após abrir boa vantagem no primeiro tempo, o Goiás quase pôs tudo a perder, mas conseguiu derrotar o Vitória por 3 a 2, no Serra Dourada, neste domingo, pela 19ª rodada do Brasileirão. Com o resultado, o time esmeraldino, que marcou duas vezes na etapa inicial, com Felipe Menezes e Fernando, chegou à vice-liderança provisória da competição, com 35 pontos. A reação do time rubro-negro, que segue com 25 pontos, e caiu para a 11ª posição, começou no primeiro tempo, com Leandro Domingues, e Neto Berola, na segunda metade do confronto. Mas, depois de estarem muito perto de virar a partida, os baianos foram castigados com a cabeçada certeira do lateral Júlio César, no último minuto da partida.

Apesar do tropeço, o Vitória, que não vence há cinco rodadas, demonstrou uma nova postura, na reestreia do técnico Vagner Mancini no comando da equipe.

O time baiano volta a campo na quarta-feira, quando recebe o Atlético-PR no Barradão. Já o Goiás enfrenta o Náutico nos Aflitos, na quinta-feira.

Em início de jogo marcado pela cautela dos dois times, o Vitória apareceu melhor. Já aos dois minutos, Roger fez boa jogada pela direita, invadiu a área, mas se atrapalhou e desperdiçou a chance de abrir o placar. O Leão voltou a levar perigo aos 15, em chute de Leandro Domingues defendido por Harlei.

Mas o Goiás não demorou a acordar. Aos 25, Léo Lima tabelou com Iarley, recebeu na área, mas bateu por cima do gol. O time esmeraldino insistiu e, aos 26, o próprio Léo Lima viu Felipe Menezes invadindo a área pela direita, fez o passe e viu o camisa 10 tocar entre a trave e o goleiro Gléguer para abrir o placar.

Embalado, pelo primeiro gol, os donos da casa ampliaram aos 31. Iarley invadiu a área pela esquerda, driblou a zaga e tocou para Fernando, que vinha de trás, marcar o segundo.

Ao invés de se abater, os visitantes correram atrás do prejuízo. Aos 33, Leandro Domingues ganhou a disputa pela bola na entrada da área goiana e, na saída de Harlei, mandou por cobertura para o fundo das redes.

O empate poderia ter saído aos 36. Jackson recebeu belo passe de Leandro Domingues, dentro da área, mas chutou muito mal e isolou. Na sequência, Felipe Menezes arriscou de fora da área e quase pegou Gléguer de surpresa, mas a bola saiu raspando na trave direita do camisa 12 rubro-negro.

Apesar da desvantagem no placar, o Vitória ficou com um jogador a mais em campo aos 44, depois que Ramalho, que já havia sido advertido com o cartão amarelo, interrompeu o contra-ataque baiano com falta e acabou expulso.

A equipe do técnico Hélio dos Anjos voltou dos vestiários com o volante Gomes no lugar de Felipe Menezes. Mesmo desfalcado, o Esmeraldino teve a primeira boa chance da segunda etapa. Aos cinco, Leandro Euzébio recebeu cruzamento na pequena área, de frente para o gol, mas não teve domínio e jogou fora boa chance de definir a partida. Aos dez, foi a vez de o Rubro-Negro devolver o favor, e, após bola alçada por Leandro Domingues, Roger cabeceou para fora, apesar de ter o gol aberto para empatar.

Percebendo o cansaço de alguns de seus jogadores, o técnico Vagner Mancini pôs Carlos Alberto no lugar de Gil, e Neto Berola na vaga de Willian.

As trocas surtiram efeito aos 13. Neto Berola avançou pelo meio e arriscou de fora da área. Harlei pulou para defender, mas a bola ainda bateu na trave direita do goleiro esmeraldino antes de entrar.

O Vitória sentiu que os três pontos estavam ao seu alcance, e os jogadores aumentaram a pressão. Aos 24, Neto Berola recebeu dentro da área, mas chutou fraco em cima de Harlei. O autor do segundo gol baiano desperdiçou nova chance aos 28, quando cabeceou pela linha de fundo, a centímetros da trave. Aos 29, o goleiro Harlei mostrou serviço e fez bela defesa em chute forte de Roger.

Mas o time Rubro-Negro acabou sofrendo dois golpes nos momentos finais da partida. Após tentar cavar um pênalti, Leandro Domingues foi expulso de campo. Aos 45, em um dos poucos ataques dos goianos no segundo tempo, Júlio César recebeu cruzamento na área e, de cabeça, pôs o time à frente no placar novamente. Sem que houvesse tempo para uma nova reação, o Vitória amargou seu quinto jogo sem vencer.

O São Paulo voltou ao G-4 do Campeonato Brasileiro. Jogando na Ilha do Retiro, no Recife, a equipe comandada por Ricardo Gomes, mesmo sem mostrar o bom futebol das últimas partidas e sem dois zagueiros, expulsos, venceu o Sport por 2 a 1. A vitória veio de maneira dramática, com um gol marcado por Hugo, aos 48 minutos do segundo tempo.O time foi beneficiado pela derrota do Atlético-MG para o Corinthians por 2 a 0 para voltar ao grupo doss quatro melhores na 19ª rodada.

Foi a sexta vitória consecutiva do Tricolor e a sétima nas últimas nove partidas. Com o resultado, a equipe foi aos 33 pontos e assumiu a quarta posição, com o mesmo número do Internacional, terceiro colocado, que tem uma vitória a mais. Já o Sport segue na lanterna do Brasileirão, com apenas 13 pontos.

Os dois times voltarão a campo no meio da semana. Na quarta-feira, o Tricolor receberá o Fluminense no Morumbi. No mesmo dia, o Sport vai enfrentar o Barueri, na casa do adversário.

Mesmo com a fraca campanha no Brasileirão, a torcida do Sport fez a sua parte e compareceu em grande número à Ilha do Retiro. E, quando a bola rolou, a equipe de Péricles Chamusca tomou a iniciativa. Com mudanças na escalação e no esquema tático (saiu o 4-4-2 e entrou o 3-5-2), a equipe chegou duas vezes ao gol de Denis nos primeiros dez minutos, ambas com o atacante Wilson.

Mas foi só. A partir do momento em que o São Paulo começou a controlar a posse de bola, o time pernambucano se retraiu. Aos 16, aconteceu a primeira chegada do Tricolor com Hernanes, que recebeu de Washington e bateu rasteiro, para firme defesa de Magrão. No minuto seguinte, Borges recebeu de Washington e, na entrada da área, girou e bateu de pé esquerdo. A bola desviou em Durval e foi para a linha de fundo.

A esta altura da partida, só um time jogava. O São Paulo tinha liberdade para tocar a bola no meio-campo e também usava muito as laterais, principalmente a esquerda, onde a dupla Jorge Wagner e Junior Cesar se destacava. Aos 20, o gol só não saiu porque Magrão fez bela defesa em chute da entrada da área de Hernanes, após passe açucarado de Borges.

Mas, quatro minutos depois, o Tricolor abriu o marcador. Junior Cesar puxou contra-ataque pela esquerda, avançou pelo meio e tocou para Hernanes na direita. O camisa 10 fez belo lançamento para Borges que, de cabeça, ajeitou para Washington. Cara a cara com Magrão na pequena área, o camisa 9 bateu de pé direito, no canto esquerdo da meta pernambucana. Foi o sétimo gol dele no Brasileirão e o 24º no ano.

Com a vantagem adversária, a torcida do Sport perdeu a paciência. E o time, dentro de campo, não acertou mais nada. O lateral-direito Moacir mostrava iniciativa no apoio, mas tropeçava nas próprias pernas. No ataque, o garoto Ciro, sozinho, não conseguia passar pela forte marcação adversária. E o São Paulo, tranquilamente, tocava a bola e, quando ia ao ataque, era mais perigoso.

Aos 31, Adrián González, que fazia a sua estreia pelo Tricolor, roubou a bola de Durval dentro da área mas acabou adiantando a bola e permitiu o corte salvador de Magrão. No fim do primeiro tempo, a torcida do Sport vaiou demais os seus jogadores.

Insatisfeito com o desempenho de sua equipe, Chamusca fez duas alterações: sacou os inoperantes Juliano e Fumagalli e colocou Fabiano e Luciano Henrique. O time melhorou sensivelmente e rapidamente equilibrou a partida. Do outro lado, o São Paulo foi mais defensivo, buscando um contra-ataque para tentar definir a partida.

A torcida sentiu o crescimento da equipe e passou a cantar nas arquibancadas da Ilha. Nos primeiros dez minutos, o Sport chegou por duas vezes com perigo, em jogadas pela ponta esquerda, mas falhou no último toque. Aos 13, Andrade chutou de fora da área e Denis defendeu em dois tempos.

Percebendo a melhora rival, Ricardo Gomes resolveu mexer no São Paulo, sacando Adrián González e colocando Zé Luis. Isso para melhorar a marcação na lateral-direita, já que Dutra começou a dar trabalho no apoio pela lateral. Aos 16, ele arriscou de fora da área, e Denis espalmou pela linha de fundo.

Ricardo Gomes resolveu mexer novamente no time e no esquema tático: tirou Borges e colocou Hugo. Com isso, o time saiu do 3-5-2 e passou para o 3-6-1, somente com Washington isolado no ataque. A ideia era voltar a equilibrar as coisas no meio-campo.

Aos 25, as coisas se complicaram ainda mais para o Tricolor, já que Miranda, que tinha cartão amarelo, fez falta em Wilson e foi bem expulso pelo juiz Sandro Meira Ricci. Péricles Chamusca, então, partiu para o tudo ou nada, colocando o atacante Licom na vaga do zagueiro Igor. E o São Paulo, a esta altura, se defendia como podia.

Aos 30, o Sport, por muito pouco, não empatou a partida. Moacir cruzou da direita, Denis falhou, Wilson cabeceou, e Zé Luis, quase na linha, conseguiu afastar o perigo, para desespero do torcedor pernambucano.


Nos últimos dez minutos, o jogo, que estava morno, ganhou em dramaticidade. Aos 35, o São Paulo teve a chance para matar a partida com Washington, que recebeu cruzamento de Hernanes e, de primeira, bateu de pé direito e acertou a trave direita de Magrão. Logo depois, foi a vez de o Sport ficar com dez homens, já que Wilson simulou um pênalti e foi expulso.

Três minutos depois, o São Paulo voltou a ficar com um homem a menos. Renato Silva fez falta em Ciro, e, como já tinha cartão amarelo, recebeu o vermelho. Com dois zagueiros a menos, ficou muito complicado segurar a vantagem. E, aos 39, após cobrança de escanteio da direita de Luciano Henrique, César cabeceou para o meio da área e Fabiano, sozinho, tocou no canto esquerdo de Denis. Festa na Ilha do Retiro.

O São Paulo, na base da superação, teve um último gás e, quando o jogo já estava nos acréscimos, conseguiu o que ninguém esperava. Junior Cesar escapou pelo meio, foi para a direita, passou por Moacir e fez um cruzamento primoroso para Hugo que, de cabeça, tocou no canto direito de Magrão. Vitória garantida e volta ao G-4.

Sob os olhares de Ronaldo, ainda fora por conta da operação na mão esquerda e da lipoaspiração, o Corinthians, enfim, voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. Na tarde deste domingo, com o craque na arquibancada do estádio do Pacaembu, o Timão voltou a jogar bem e venceu o Atlético-MG por 2 a 0, pela última rodada do primeiro turno. Feliz, a Fiel cantou novamente o já tradicional “o Coringão voltou”.

O triunfo acaba com um jejum de cinco jogos no Parque São Jorge. Nos últimos duelos tinham sido três derrotas (Palmeiras, Náutico e Flamengo) e dois empates (Santo André e Avaí). Agora com 28 pontos, o Timão sobe da 11ª colocação para a oitava.

Para o Atlético, que jogou com nove desfalques (seis titulares e três reservas), o tropeço na capital paulista faz a equipe de Belo Horizonte cair três posições e deixar o G-4. Saiu da vice-liderança para a quinta colocação, com 32. Só que o Galo tem um jogo a menos em relação aos rivais, porque ainda tem de encarar o Internacional.

Na próxima rodada, a primeira do segundo turno do Brasileirão, o Corinthians vai a Porto Alegre, onde enfrenta o Internacional, no Beira-Rio, quarta-feira, às 21h50m. É a primeira vez que o time paulista retorna ao estádio onde foi campeão da Copa do Brasil. Já o Atlético-MG joga na quinta-feira, contra o Avaí, às 21h, no Mineirão.

Aproveitando o fato de o Atlético-MG estar com um time cheio de desfalques, o Corinthians foi logo para cima do rival. No primeiro minuto, teve chance em cobrança de falta de Chicão, que desviou na zaga e saiu pela linha de fundo. Aos três minutos, ótima chance para o Galo em chute de Tardelli. O gol só não saiu porque Edu salvou em cima da linha.

Tchô deu bom lançamento para Éder Luís. O atacante, na cara do gol, foi interceptado pelo goleiro Felipe. No rebote, porém, Diego Tardelli chutou rasteiro. Foi então que o volante corintiano apareceu para tirar o perigo. Um vacilo do Timão aos oito permitiu ainda ao Galo assustar. Jucilei perdeu a bola, e Éder Luís bateu de fora da área.

Aos poucos, porém, o Corinthians retomou o domínio do jogo. Aos nove, Dentinho avançou pelo meio e tocou para Boquita na direita. Ele cruzou na cabeça de Henrique, que desviou por cima do gol. Aos 21 minutos, uma baixa no clube paulista. Edu, machucado, deu lugar a Moradei.

Um minuto depois, o Timão aproveitou a apatia do time mineiro e até chegou a marcar, mas o gol não valeu. Dentinho chutou cruzado, Bruno espalmou, e Henrique, fazendo falta no goleiro, desviou de cabeça. Aos 24, Dentinho mais uma vez apareceu bem na área, mas tocou fraco na saída de Bruno, perdendo ótima chance.

De tanto insistir, o jovem corintiano marcou aos 25 minutos. Dentinho recebeu a bola na esquerda, ajeitou e chutou colocado. O desvio em Werley enganou Bruno. Mais tarde, aos 34, o goleiro do Galo, machucado, daria lugar a Edson. Em vantagem no placar, o Timão apenas administrou a posse de bola, e Felipe pouco trabalhou.

Somente o Atlético voltou com mudança para a etapa final. Celso Roth sacou Tchô e colocou o zagueiro Marcos. A alteração chamou o Corinthians para o campo de ataque, e a pressão foi grande em cima do Galo. Logo no primeiro minuto, Boquita deu ótimo passe para Moradei. Mas o volante, na cara do gol, chutou para fora.

No minuto seguinte, a postura ofensiva do Timão se mostrou eficiente. Após falha de Thiago Cardoso, Boquita recebeu passe na direita da grande área e acertou, com categoria, o ângulo direito do goleiro Edson: 2 a 0. Dois minutos depois, Elias ainda teve chance de ampliar, mas mandou para fora.

Mal em campo e com desvantagem de dois gols, o Galo viu sua situação ficar ainda pior aos 12 minutos. Renan levou cartão vermelho depois de fazer falta por trás em Elias. O corintiano avançava no contra-ataque. O Timão, então, continuou a pressão. Aos 17, após cruzamento de Jorge Henrique, Henrique cabeceou para defesa de Edson.

A boa atuação do Corinthians fez o torcedor ficar empolgado. Afinal, desde a saída de jogadores como André Santos, Cristian e Douglas, vendidos, e Ronaldo, machucado, o Timão não jogava tão bem. Pior para o Galo.

Com o jogo totalmente dominado, o Timão passou a controlar mais a posse de bola e diminuiu o ímpeto ofensivo. Principalmente porque o Atlético-MG pouco fez para levar perigo ao gol de Felipe, que quase não trabalhou.

Se o homem mais rápido da história ri tanto antes da prova, dá para imaginar seu bom humor após bater o recorde mundial dos 100m rasos e conquistar o título que lhe faltava no Mundial de Berlim. Na entrevista coletiva após a corrida, ao lado do medalhista de prata, Tyson Gay, e de Asafa Powell, que ficou com o bronze, Usain Bolt riu de tudo. Até de perguntas que não eram para ele.

- Esse é o meu jeito. Eu treino duro o ano inteiro, então posso me divertir o quanto quero e mesmo antes das provas. Mas quando a corrida começa eu me concentro totalmente. Sei exatamente o que tenho que fazer. Estou me sentindo orgulhoso de mim mesmo. Estava buscando esse título, buscando chegar à faixa dos 9s50. Ser o primeiro é especial.

Depois de baixar em 11 centésimos seu próprio recorde mundial (9s69, em Pequim), Usain Bolt diz que não conhece os próprios limites.

- Não sei quando, não quero fazer previsão sobre quando o recorde será batido. Mas tudo é possível.

Poucas horas antes da conquista, Bolt chegou a dar um susto na torcida, quando queimou a largada das semifinais. Agora, com o ouro no peito, ele pode falar sobre isso do jeito que gosta, com um sorriso no rosto:

- Eu acho que estava empolgado demais - brincou.

A derrota de virada por 3 a 1 para o Vasco, em pleno Canindé, neste sábado, pela 18ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, deixou os nervos da torcida da Portuguesa à flor da pele. O resultado ampliou para quatro o número de partidas sem vitórias da equipe na competição, e os torcedores descontaram a ira em membros da delegação cruzmaltina, agredidos após a partida.

No acesso do gramado ao vestiário do Canindé, o diretor executivo, Rodrigo Caetano, o supervisor, Daniel Freitas, e o atacante Robinho, que ficou no banco de reservas, foram atingidos por torcedores revoltados. Ex-jogador da Lusa, Roberto Dinamite, presidente do Vasco, também foi “caçado”, mas conseguiu se livrar dos protestos.

- É lamentável o único acesso ao vestiário ser no meio da torcida adversária. Fomos agredidos e por pouco o Dinamite, que também é ídolo aqui, não foi atingido. É ruim para nós, mas principalmente para a diretoria da Portuguesa – lamentou Rodrigo Caetano.

Um dos agressores foi identificado e preso pela polícia. O episódio, entretanto, tem sido recorrente em partidas em que a Portuguesa é derrotada em seu estádio e a delegação do Vasco deixou o local escoltada. Os dirigentes e o jogador Robinho foram ao 2º DP, do Bom Retiro, na zona norte de São Paulo, prestar queixa por conta da agressão.

Com 36 pontos, o Vasco é o vice-líder da Série B, enquanto a Portuguesa, com 27, segue fora do G-4, em sétimo.

Um golaço de Marquinhos aumentou em uma vitória a série invicta do Avaí no Campeonato Brasileiro. O time catarinense derrotou o Náutico por 2 a 1, na noite deste sábado, na Ressacada, pela 19ª rodada, e chegou à sua sétima vitória em nove jogos. Eltinho abriu o placar para os donos da casa, na primeira etapa, e o zagueiro Émerson fez contra, no segundo tempo, empatando a partida. Mas quando tudo já parecia definido, o camisa 10 alviceleste pôs a equipe do técnico Silas em vantagem novamente, pondo fim às esperanças alvirrubras de deixar a zona de rebaixamento.

Com o resultado, os catarinenses somaram 30 pontos, e chegaram à quinta colocação do Brasileirão, enquanto os recifenses seguem com 18, na 17ª colocação.

As equipes voltam a campo na quinta-feira. O Avaí duela com o Atlético-MG, no Mineirão, enquanto o Náutico recebe o Goiás, nos Aflitos.

O líder Palmeiras decepcionou o seu torcedor na noite deste sábado. Abaixo de suas melhores atuações e encontrando um Botafogo muito bem armado taticamente na parte defensiva, o Verdão não passou do empate por 1 a 1, em partida realizada no estádio Palestra Itália. Foi o terceiro empate consecutivo da equipe comandada por Muricy Ramalho. Antes a equipe havia ficado na igualdade contra Grêmio e Atlético-MG.

Mesmo com o novo tropeço, a equipe segue na primeira colocação, com 37 pontos, quatro a mais que o vice-líder Internacional, que derrotou o Santo André. O rival colorado, no entanto, pode passar o Verdão na tabela de classificação, já que tem duas partidas a menos. O Botafogo, que estreou o técnico Estevam Soares, manteve a 15ª colocação, com 20 pontos.

A décima vitória do Internacional no Campeonato Brasileiro teve sabor especial. O Colorado superou não só o Santo André, mas principalmente o péssimo gramado do estádio Bruno José Daniel, em São Paulo. Os 2 a 0 deste sábado, gols de Taison e Alecsandro, deixaram o time na vice-liderança da competição e firme na briga pelo título, com 33 pontos ganhos, quatro atrás do líder, o Palmeiras, que ainda tem dois jogos a mais que o Colorado

O Santo André segue próximo da zona de rebaixamento, em 16º lugar, com 18 pontos ganhos, e terá de torcer por um empate entre Fluminense e Coritiba, neste domingo, para não ser ultrapassado por um dos dois e ficar entre os quatro últimos. O time abrirá o returno contra o Botafogo, no Engenhão, na quarta-feira. A próxima partida do Inter será contra o Corinthians, no Beira-Rio.

O péssimo estado do gramado do estádio Bruno José Daniel pode até explicar em parte o fraco rendimento das equipes, especialmente no primeiro tempo. De passe em passe, a bola quicava e fazia crescer a estatística dos erros. Mas tanto Inter quanto o Santo André mostraram um primeiro tempo também sonolento, sobretudo com falta de inspiração dos principais jogadores.

Para quem tinha plano de caça ao Palmeiras na liderança do Brasileirão, o Colorado até que deu impressão de que viria acelerado. Teve até a primeira chance na partida logo com cinco minutos, quando Giuliano, cara a cara com Neneca, se afobou e bateu mal, em cima do goleiro.

Depois do gol perdido, o susto dois minutos depois. Rômulo arrancou pela esquerda, deu belo drible em Danilo Silva e bateu no travessão, quase sem ângulo. Em casa, o Santo André ganhava coragem para se aventurar mais. Numa bola cruzada na área, o zagueiro estreante Cris subiu mais alto que a zaga do Inter e cabeceou por cima do travessão.

Era a senha: o time treinado por Alexandre Gallo, mais acostumado aos caminhos tortuosos do campo, ensinava que, pelo alto, ficava mais fácil. Mas o Inter de Tite insistia nos passes rasteiros. Além disso, o meio-campo estava desarrumado, com distanciamento dos meias Giuliano e Andrezinho dos atacantes Taison e Alecsandro. Não adiantava nem esticar a bola, não chegava direito. Guiñazu e Sandro travavam dura briga no meio-campo para ter a posse de bola em vão.

No fim do primeiro tempo, Sandro quase entregou o ouro. Tentou sair jogando e perdeu para Rômulo, destaque da primeira etapa, Ele arrancou pela direita, foi à linha de fundo e centrou rasteiro. Nunes deu o carrinho para alcançar a bola mas não conseguiu. O placar acabou justo. Apesar de ter criado mais chances na primeira etapa, o Sandro André também mostrou muito pouco para quem quer reagir no Brasileiro,

- Infelizmente, o Santo André já está adaptado ao gramado. Nunca, profissionalmente, tinha jogado num campo tão ruim assim - lamentou Alecsandro, após o fim do primeiro tempo.

O mesmo Alecsandro deu o cartão de visitas do segundo tempo do Inter. Aos cinco minutos, ele recebeu na entrada da área, matou a bola e bateu antes de deixá-la cair. O goleiro Neneca fez a primeira grande defesa do jogo.

Daí em diante, o Inter passou a agredir mais. Taison não ligou para o gramado ruim e arrancou em velocidade, Conseguiu lançar Giuliano, que bateu para nova defesa de Neneca. Mas essa não foi a sua intervenção mais impressionante. Aos 13 minutos, após centro de Kleber pela esquerda, o zagueiro Marcel tentou cortar mas chutou errado, em direção contrária. O goleiro mostrou reflexo, voou para trás e espalmou. Alecsandro ainda alcançou a bola e a tocou na trave.

Era visível a melhora do Internacional. O meio-campo corrigiu o distanciamento do ataque. Giuliano e Andrezinho encostavam mais em Taison e Alecsandro. O que faltava para o time chegar ao gol. Aos 23 minutos, não deu outra. Giuliano tabelou com Taison, que após receber bateu com violência, de fora da área, sem defesa para Neneca.

O técnico Alexandre Gallo, que já havia trocado Élvis por Pablo Escobar, procurava tornar o Santo André mais ofensivo. O time até teve uma boa chance de empatar, com uma cabeçada de Marcel que obrigou Lauro a fazer sua primeira defesa na partida. Mas o Colorado dominava. Pouco depois, Taison só não aumentou porque Neneca voou novamente para salvar o time da casa.

Foi a última boa presença de Taison na partida. Isso porque, aos 33 minutos, o atacante perdeu a cabeça ao dar uma banda em Sidney. A expulsão fez o Santo André crescer, ainda mais com as substituições feitas por Gallo -Ricardinho substituiu Cicinho, passando Rômulo para a lateral, e Ricardo Goulart entrou no lugar de Sidney. O time ficou mais ofensivo, e Ricardo Goulart quase empatou aos 35, após centro de Rômulo pela direita.

Se Taison foi imprudente quando foi expulso da partida, pior ainda fez o zagueiro Marcel, do Santo André, ao derrubar Giuliano na área. Pênalti que Alecsandro bateu pelo alto, aos 42, sem defesa para Neneca, garantindo os três pontos para o Inter na briga para alcançar o líder

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