Brasileiras e alemãs se conhecem muito bem de campeonatos internacionais. Algumas jogadoras, como Mari, Sheilla e Christiane Fürst, têm um pouco mais de intimidade por terem defendido o mesmo clube. Já os técnicos, José Roberto Guimarães e Giovanni Guidetti, são grandes amigos. Nesse clima de amizade, Brasil e Alemanha se enfrentam no Grand Prix neste sábado, às 10h (de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Globo. Porém, dentro de quadra, jogo é jogo. Pelo menos para a seleção brasileira, que busca o octacampeonato.

- Do vôlei lá de fora, o Giovanni é o meu melhor amigo. Nos falamos sempre e conversamos sobre tudo. Trocamos ideias sobre adversários, táticas, estratégias. Sei que vai ser perigoso tê-lo como adversário, pois ele é um cara super antenado e sabe muito do jogo do Brasil, pois estuda muito. Mas vai ser bom poder jogar contra ele - relatou o treinador brasileiro, mostrando-se ansioso para o duelo.

Além do interesse e do conhecimento de Guidetti no jogo brasileiro, a Alemanha tem um trunfo que pode fazer a diferença na partida. A central Christiane Fürst foi treinada por Zé Roberto na Itália, quando comandava o Pesaro, e sabe muito bem como ele organiza as jogadas. Ao lado de Kozuch, a meio-de-rede é uma dos principais destaques da equipe alemã. Porém, da mesma forma que pode ser uma arma, virar um alvo é fácil. Afinal, o técnico brasileiro conhece o jeito de jogar da alemã. No entanto, ele minimiza o fato.

- Apesar de conhecê-la bem, a Fürst é versátil. Ela sabe como sair de uma situação difícil, pois foi treinada para isso. Portanto, não vejo tanta vantagem assim - analisou Zé Roberto, ressaltando que a qualidade técnica da Alemanha é muito boa.

Giovanni Guidetti é só elogios a Zé Roberto. Segundo ele, o brasileiro é um mestre a quem tem muito respeito. Um estimado amigo, além de um grande homem. O técnico da Alemanha diz que eles não se veem muito, mas pensam igual. Para o jogo deste sábado, no entanto, uma diferença aparece entre eles.

- É muito ruim enfrentar a equipe dele, ainda mais em casa. Prefiro encontrar o Zé em churrascos ou cavalgadas. É sempre muito difícil jogar contra o Brasil, pois é um time muito forte. Realmente conheço o jogo da seleção dele, mas ainda prefiro encontrar com ele em um jantar - confessou ele, rindo da situação.